Em dezembro, Facebook vai excluir sexualidade, religião e posição política do perfil

Segundo a Meta, decisão de tirar preferências pessoais do perfil visa simplificar a experiência e navegação na rede
Fim de uma era: Facebook vai tirar sexualidade, religião e posição política do perfil
Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil/Divulgação

A partir de 1º de dezembro, não será mais possível compartilhar preferências como sexualidade, religião, endereço ou preferência política no perfil do Facebook usando a própria ferramenta da plataforma. A rede social confirmou na última quinta-feira (17) que eliminará o campo “Interessado em”, usado para incluir essas informações. 

Em comunicado, o porta-voz da Meta, Emil Vasquez, disse que a mudança tem como objetivo simplificar a experiência e navegação no Facebook. “Estamos notificando as pessoas que preencheram esses campos de que eles serão removidos”, disse. 

Segundo o porta-voz, a mudança não vai afetar a capacidade das pessoas compartilharem essas informações no Facebook. Na prática, só não haverá mais um espaço exclusivo para isso – mas discutir política, religião ou sexualidade na plataforma continua possível. 

A exclusão do recurso foi identificada pelo consultor de mídias sociais Matt Navarra na última quarta (16). 

Fim de uma era

No começo do Facebook, há mais de 10 anos, era comum passar horas preenchendo o perfil com todas as informações possíveis. Muitos problemas de privacidade depois, oferecer essas informações voluntariamente deixou de ser divertido — e passou a ser evitado ao máximo. 

Além disso, esses campos de informação só continuam existindo no Facebook. Outras plataformas, como Instagram e TikTok, oferecem biografias simples para que os usuários compartilhem quem são sem dar detalhes tão específicos. 

A retirada do campo “Interessado em” não muda em nada as proteções de privacidade dos usuários do Facebook. O fato dessas informações não existirem mais não muda outros dados que continuam sendo compartilhados, como localização e histórico de navegação web

Ainda assim, a medida indica que o Facebook trabalha para simplificar seu sistema repleta de recursos pouco usados e interfaces confusas. É um sinal dos tempos: a rede já não é mais tão legal assim e está longe de atrair as novas gerações, que já pularam para outras redes com propostas diferentes, como o TikTok e BeReal

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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