Em dezembro, Facebook vai excluir sexualidade, religião e posição política do perfil
A partir de 1º de dezembro, não será mais possível compartilhar preferências como sexualidade, religião, endereço ou preferência política no perfil do Facebook usando a própria ferramenta da plataforma. A rede social confirmou na última quinta-feira (17) que eliminará o campo “Interessado em”, usado para incluir essas informações.
Em comunicado, o porta-voz da Meta, Emil Vasquez, disse que a mudança tem como objetivo simplificar a experiência e navegação no Facebook. “Estamos notificando as pessoas que preencheram esses campos de que eles serão removidos”, disse.
Segundo o porta-voz, a mudança não vai afetar a capacidade das pessoas compartilharem essas informações no Facebook. Na prática, só não haverá mais um espaço exclusivo para isso – mas discutir política, religião ou sexualidade na plataforma continua possível.
A exclusão do recurso foi identificada pelo consultor de mídias sociais Matt Navarra na última quarta (16).
Facebook is removing religious views and ‘interested in’ info from profiles from 1 December 2022 pic.twitter.com/SKjSrtwUwm
— Matt Navarra (@MattNavarra) November 16, 2022
Fim de uma era
No começo do Facebook, há mais de 10 anos, era comum passar horas preenchendo o perfil com todas as informações possíveis. Muitos problemas de privacidade depois, oferecer essas informações voluntariamente deixou de ser divertido — e passou a ser evitado ao máximo.
Além disso, esses campos de informação só continuam existindo no Facebook. Outras plataformas, como Instagram e TikTok, oferecem biografias simples para que os usuários compartilhem quem são sem dar detalhes tão específicos.
A retirada do campo “Interessado em” não muda em nada as proteções de privacidade dos usuários do Facebook. O fato dessas informações não existirem mais não muda outros dados que continuam sendo compartilhados, como localização e histórico de navegação web.
Ainda assim, a medida indica que o Facebook trabalha para simplificar seu sistema repleta de recursos pouco usados e interfaces confusas. É um sinal dos tempos: a rede já não é mais tão legal assim e está longe de atrair as novas gerações, que já pularam para outras redes com propostas diferentes, como o TikTok e BeReal.