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Empresa quer desenvolver remédio contra câncer em estação espacial

A microgravidade a bordo da ISS permite que os cristais de remédios contra o câncer cresçam de maneira mais uniforme e pura

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A empresa BioOrbit, liderada pela ex-funcionária da NASA e PhD em nanomedicina por Cambridge, Katie King, está planejando desenvolver remédios contra o câncer no espaço.

Com financiamento da ESA (Agência Espacial Europeia), a BioOrbit visa testar a cristalização de medicamentos em microgravidade na ISS (Estação Espacial Internacional) já no próximo ano. O motivo para desenvolver um remédio contra o câncer no espaço é que, segundo a empresa, o ambiente espacial oferece condições únicas para o desenvolvimento do medicamento.

A microgravidade a bordo da estação permite que os cristais de remédios cresçam de maneira mais uniforme e pura. Isso é crucial para a eficácia dos tratamentos contra o câncer.

Segundo a criadora da empresa, a iniciativa vai “revolucionar absolutamente o tratamento do câncer”. “A longo prazo, a nossa visão é estabelecer uma instalação de produção farmacêutica no espaço na próxima década, permitindo aos pacientes aceder convenientemente ao tratamento em casa”, completou King.

Outras iniciativas de remédios contra o câncer

A BioOrbit não é a primeira a explorar o espaço para o desenvolvimento de fármacos. Grandes empresas farmacêuticas, como Bristol-Myers Squibb e Merck, já realizam pesquisas nesse sentido há anos. No entanto, o diferencial da BioOrbit está na aceleração do processo de comercialização dessas inovações.

Apesar do potencial revolucionário, existem desafios significativos. As longas filas para conseguir um lugar em um foguete para a ISS e os altos custos associados são obstáculos logísticos que não podem ser ignorados. Além disso, há questões regulatórias sobre a aplicação das leis terrestres no espaço e a jurisdição aplicável em caso de danos causados por esses medicamentos.

A BioOrbit pretende ter uma instalação permanente no espaço dedicada exclusivamente à ciência, pesquisa e fabricação de medicamentos. Aí então, enviar esses medicamentos de volta à Terra.

Porém, se bem-sucedida, essa estratégia poderá abrir um novo capítulo no tratamento do câncer, trazendo esperança para milhões de pacientes ao redor do mundo.

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