Ninguém quis comprar o celular de bateria gigante da Energizer

Na MWC 2019, um dos aparelhos que mais recebeu destaque foi o Energizer Power Max P18K Pop. Ele até tinha especificações interessantes, mas o que chamava a atenção mesmo era a bateria de 18.000 mAh. Apesar da cobertura, os consumidores não se empolgaram: a campanha de financiamento coletivo para bancar a produção do celular chegou […]
Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

Na MWC 2019, um dos aparelhos que mais recebeu destaque foi o Energizer Power Max P18K Pop. Ele até tinha especificações interessantes, mas o que chamava a atenção mesmo era a bateria de 18.000 mAh. Apesar da cobertura, os consumidores não se empolgaram: a campanha de financiamento coletivo para bancar a produção do celular chegou a apenas 1% da meta e foi cancelada.

A Avenir Telecom, empresa francesa que possui a licença da marca de pilhas Energizer para fabricar smartphones, tinha lançado uma campanha no site de crowdfunding Indiegogo para conseguir garantias para produzir o aparelho. A companhia tinha como meta atingir US$ 1,2 milhão, com pré-venda do aparelho ao preço de US$ 549 e previsão de entregar os produtos em outubro de 2019.

Não deu certo: só 11 pessoas se interessaram. Isso mesmo: onze. No total, só US$ 15.005 foram arrecadados. Como a campanha não atingiu a meta, ela foi cancelada, e o dinheiro será devolvido aos apoiadores.

Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

Talvez o tamanho tenha assustado as pessoas. Não tem milagre: uma bateria só consegue 18.000 mAh de carga se ela tiver um tamanho grande o suficiente para isso. Daí, o Energizer P18K Pop ficava parecendo mais um tijolo do que um celular, com uma espessura estimada entre 30 mm e 40 mm.

Para dar um pouco de contexto para esses números, grande parte dos smartphones disponíveis atualmente têm baterias com capacidade entre 3.000 mAh e 4.000 mAh, e dificilmente a espessura passa dos 10 mm.

O Energizer P18K Pop prometia aguentar 200 horas de reprodução de vídeo e 50 dias em modo de espera sem precisar voltar para a tomada. Ele também tinha especificações bastante alinhadas com o que se espera de um bom smartphone, como tela FullHD, 6 GB de RAM, câmera tripla na traseira e dupla na frente. A câmera de selfie, aliás, ficava em um mecanismo pop-up — daí o “Pop” no nome do aparelho.

Fica o aprendizado: as pessoas querem baterias maiores, sim, mas não a ponto de comprar um aparelho gigantesco.

[The Verge, Engadget]

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