No último sábado (07), Israel foi surpreendido por um ataque surpresa do Hamas, grupo militante islâmico que controla a Faixa de Gaza desde 2006. A ofensiva sem precedentes da organização está sendo considerada por autoridades israelenses como o “11 de setembro” do país do oriente médio.
De acordo com o governo israelense foram lançados cerca de 2.500 foguetes contra o país, já o Hamas fala em pelo menos 5 mil. Com um número tão alto de foguetes os danos às cidades do território seriam muito maiores se Israel não tivesse à disposição um dos sistemas antimísseis mais sofisticados do planeta.
Conhecido popularmente como “Domo de Ferro”, o sistema conta com ferramentas de monitoramento e rastreamento, gerenciamento de avançado de armas e sistema de contra-ataque e interceptação de foguetes e morteiros. Ele é capaz de identificar mísseis inimigos a até 70 km de distância e neutraliza a ameaça ainda no ar.
De acordo com fontes oficiais do governo de Israel, os foguetes são interceptados em regiões onde não existem áreas urbandas para diminuir o ricso de ferir civis. Atualmente o sistema é capaz de interceptar até 90% dos ataques e segue recebendo investimentos milionários do governo local e Estados Unidos.
O projeto foi colocado em prática em 2011, mas começou a ser estudado 25 anos antes, em 1986, logo após Israel assinar um acordo com os EUA para pesquisa e desenvolvimento de um sistema de defesa contra potenciais ataques inimigos. A atual versão do Domo de Ferro começou a ser desenvolvida em 2007.
O Domo de Ferro falhou?
De acordo com especialistas em relações internacionais e Geopolítica, a inteligência de Israel falhou gravemente em prever os ataques lançados da Faixa de Gaza, uma das zonas mais vigiadas do planeta. O ocorrido constribui para desgastar ainda mais a imagem do premiê Benjamin Netanyahu, que vinha sendo alvo de críticas por apoiar projetos que enfraquecem o poder judiciário.
O governo de Israel foi pego de surpresa e ficou vulnerável ao que já está sendo o maior ataque orquestrado pelo Hamas na história. O sistema de defesa de Israel possui uma limitação no arsenal de mísseis para contra-ataque e o nível massivo de mísseis lançados pelo Hamas deixou esta restrição evidente.