Esta coreógrafa combina dança indiana com o hip-hop de Lil Wayne; veja o resultado

Usha Jey chama a mistura de #HybridBharatham e alterna o hip-hop com o Bharatanatyam, duas danças que ela ama; a série de danças tem cinco episódios que viralizaram nas redes
Usha Jey
Imagem: Reprodução/YouTube

A dança é um tipo de manifestação artística que utiliza o corpo como instrumento criativo, é uma forma de mostrar a cultura. Seguindo essa premissa, Usha Jey, coreógrafa, diretora de movimento e dançarina com raízes tâmeis, na Índia, atualmente radicada em Paris, teve a ideia de reunir as duas culturas próximas ao seu coração como representação de sua própria vida. 

Ela fez isso da única maneira que sabia –combinando hip-hop, uma forma de dança que ela está aprendendo há uma década, e Bharatanatyam, que ela aprendeu há cinco anos como um meio de se conectar à sua cultura. E assim nasceu o #hybridbharatham. Para Usha Jey, a dança também é uma forma de demonstrar amor e respeito. 

Formada na dança clássica indiana de Bharatanatyam, ela usa elementos da técnica tradicional e combina com o estilo hip-hop. O resultado é uma combinação eletrizante na qual o movimento preciso de Bharatanatyam combina perfeitamente com a “arrogância” do hip-hop, tudo pronto para músicas de rap contemporâneas. 

Em entrevista ao site My Modern met, Jey explica que chama essa fusão de #HybridBharatham, e ela produziu cinco danças diferentes (filmadas como episódios) até agora. O episódio cinco, que apresenta a música “Uproar” de Lil Wayne com Swizz Beatz, tornou-se viral.

“Meu objetivo é manter a essência de cada dança”, diz ela sobre o vídeo e a série, “e criar algo que faça justiça a quem eu sou”.

Jey também usa a letra da música para informar a dança e permitir que ela expresse sentimentos em relação a questões globais de opressão. O episódio quatro, com a música “One Hundred Thousand Flowers” ​​de Shan Vincent de Paul, apresenta coreografia comentando a guerra civil entre os separatistas Tigres de Libertação do Tamil Eelam e o governo do Sri Lanka. 

“Expressando a raiva, frustração e tristeza que acumulei em mim nesta peça que dedico aos cem mil tâmeis que perderam a vida por causa do genocídio tâmil cometido pelo governo do Sri Lanka”, escreve Jey no Instagram, “que ainda não é reconhecido como genocídio pelas Nações Unidas. Você vê a situação que os tâmeis ainda enfrentam hoje no Sri Lanka? Quando o mundo vai parar de nos ignorar?”. 

Confira abaixo para ver mais episódios de #HybridBharatham: 

Usha Jey já encontrou artistas da França, Índia e Estados Unidos compartilhando seus Reels, o quinto de sua série de vídeos de dança #hybridbharatham no Instagram. O vídeo viral apresenta mais duas dançarinas, as irmãs Mithuja e Janusha, da Suíça.

“As palavras são poderosas e quando você recebe elogios de pessoas que te inspiram, isso pode te impulsionar”, diz Usha, que já acumula mais de 76 mil seguidores no Instagram, e o reels teve 4 milhões de visualizações.   

“Lembro-me de fazer a coreografia do primeiro episódio em uma noite. Me senti inspirada e adorei procurar o equilíbrio certo entre essas duas formas de dança que amo, aprendo e respeito. Meu objetivo é manter a essência de cada dança e criar algo que faça justiça a quem eu sou”, explica Usha, que também tem um mestrado em Empreendedorismo e Gestão de Projetos.

Rayane Moura

Rayane Moura

Rayane Moura, 26 anos, jornalista que escreve sobre cultura e temas relacionados. Fã da Marvel, já passou pela KondZilla, além de ter textos publicados em vários veículos, como Folha de São Paulo, UOL, Revista AzMina, Ponte Jornalismo, entre outros. Gosta também de falar sobre questões sociais, e dar voz para aqueles que não tem

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