Quais são os 5 estados que vão sofrer com o calorão dos próximos dias
O Brasil se prepara para enfrentar uma intensa onda de calor que promete elevar as temperaturas a patamares históricos. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o calorão deve atingir cinco estados, com o alerta climático perdurando até a próxima sexta-feira (15).
O estado de São Paulo, por exemplo, está prestes a vivenciar o dia mais quente do mês de março desde o início dos registros em 1943. A capital paulista pode esperar temperaturas que chegam aos 35ºC, enquanto no interior, os termômetros podem atingir alarmantes 40ºC.
Além de São Paulo, o Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul também enfrentarão temperaturas acima da média, com possíveis máximas chegando a 40°C.
O Inmet enfatiza a necessidade de atenção especial para essas regiões, recomendando medidas de precaução para evitar problemas de saúde relacionados ao calor.
Este é o 3º alerta de calorão de 2024
A nova onda de calor é causada por um bloqueio atmosférico que impede o avanço de frentes frias pelo país. Assim, permitindo que o ar quente no centro do Brasil ganhe força, aumentando o calor.
O sistema também dificulta a formação de nuvens carregadas, reduzindo as chuvas e contribuindo com o aumento de temperatura.
Tons em vermelho no mapa de temperaturas máximas abaixo indicam as áreas onde as temperaturas estarão mais elevadas. Confira:
Apesar de ter passado do pico no fim do ano passado e estar terminando em algumas semanas, o El Niño ainda influencia o clima no Brasil. A expectativa é que o La Niña se desenvolva na segunda metade de 2024, fazendo as temperaturas caírem.
Ondas de calor crescem mais de 600% em 30 anos
Não é só impressão: os estados brasileiros tem enfrentado mais períodos de calorão. Os registros das chamadas ondas de calor aumentaram 642% nos últimos 60 anos no país. É o que indica um estudo feito pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
O levantamento estimou que o número de ondas de calor saltou de 7 para 52 em 30 anos. Os cálculos consideram todo o território brasileiro, entre os anos de 1961 e 2020.
Além disso, o estudo considerou dados observacionais de 1.252 estações meteorológicas, sendo 642 estações manuais e 610 automáticas. Para os dados de precipitação, foram ao todo um total de 11.473 pluviômetros.