Estátua de 2.700 anos achada na Europa reacende antiga discussão científica
Ronald Borgwardt estava mergulhando no rio Tollense, na costa alemã do Mar Báltico, quando encontrou algo peculiar: sob as águas, estava uma pequena estátua de bronze com traços femininos.
Apesar de ser algo curioso para os leigos, a estatueta em si não representa grande novidade para os arqueólogos. O objeto de 15 centímetros foi o 2º a ser encontrado na Alemanha e o 13º retirado das proximidades do Mar Báltico.
A figura foi descrito na revista Praehistorische Zeitschrift. No documento, pesquisadores da Universidade de Göttingen, na Alemanha, sugerem que a estatueta foi utilizada no século 7 a.C. como um peso de balança, um objeto de adoração ou uma combinação de ambos.
Mas há uma dúvida que permanece: como a estátua foi parar nesta região da Europa? Para entender a profundidade dessa questão, é preciso saber algo sobre a região em que o objeto foi encontrado.
Artefatos militares e restos mortais de homens e cavalos sugerem que o local, que um dia fora uma rota comercial, presenciou uma verdadeira guerra no passado. Mais especificamente, no ano de 1.250 a.C, o que rendeu à região o título de campo de batalha mais antigo da Europa.
E aí que está a grande dúvida sobre a estátua encontrada na Europa. Ela teria aparecido no local por acaso ou foi deixada durante uma celebração do conflito, que teria persistido na história oral dos povos antigos?
Essa não é a única dúvida. No caso de representar uma deusa, a imagem teria sido também usada como sistema de peso primitivo? Desde 1992, a principal aposta é que sim, estas estatuetas, que receberam o nome de “Deusas da Riqueza” serviam como sistema de peso.
Há uma forte crença de que a economia na Era de Bronze era baseada na troca de presentes, mas o estudo destas figuras pode ajudar a mudar essa história e datar o uso de equipamentos de pesagem em determinadas regiões da Europa. Só nos resta esperar pela aparição de mais artefatos que possam encerrar essa discussão científica.