Este cinto robótico reduz gasto de energia pela metade; assista

Ferramenta desenvolvida por pesquisadores americanos pode ajudar na reabilitação de pacientes com mobilidade reduzida. Veja mais
Cinto Robótico
Imagem: University of Nebraska at Omaho/Reprodução

Pesquisadores da Universidade de Nebraska e da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, ambas dos EUA, desenvolveram um cinto robótico capaz de ajudar na reabilitação de pacientes com mobilidade reduzida. A ferramenta diminui a energia gasta pelas pessoas durante a caminhada, facilitando as passadas. Veja o vídeo: 

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O cinto entra em ação quando os dois pés da pessoa estão no chão – a perna da frente parando o movimento e a de trás impulsionando a passada. Nesse momento, o acessório automatizado realiza um puxão estrategicamente cronometrado. 

O movimento é feito com o auxílio de uma polia. De acordo com os pesquisadores, essa pequena ajuda é capaz de reduzir a energia gasta pela pessoa que está caminhando em 50%. O estudo completo foi publicado na revista Science Robotics.

O momento exato do puxão foi o que mais chamou a atenção dos pesquisadores. Estudos anteriores baseados no funcionamento dos músculos humanos sugerem que a maior economia de energia ocorreria no momento em que o indivíduo estivesse tentando se impulsionar contra o solo, com apenas um pé no chão. Mas os cientistas viram o contrário.

“Nosso estudo demonstra que esta não é necessariamente a melhor estratégia para fornecer a maior redução no custo metabólico ou energia gasta”, disse Prokopios Antonellis, pesquisador de Oregon e autor do estudo, em comunicado. “Esta descoberta apoia uma ênfase maior em testes biomecânicos em vez de tentar prever estratégias ideais”.

O cinto robótico tem potencial para ser utilizado em clínicas de reabilitação. Iraklis Pipinos, cientista da Universidade de Nebraska também envolvido no estudo, comentou sobre o benefício da ferramenta para seus pacientes com problemas de circulação, que sofrem de dores nas pernas e mobilidade reduzida.

“Fiquei emocionado ao saber que alguns pacientes sentiram alívio nas pernas pela primeira vez quando experimentaram o aparelho. Agora, estamos pensando em maneiras de usar esses métodos na prática do dia a dia, por exemplo, usando sistemas para terapia de exercícios de caminhada assistida em clínicas de fisioterapia”, disse Pipinos.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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