Estudante cria GPTZero, app que promete combater plágio de IA

App foi criado por aluno de 22 anos da Universidade de Princeton, nos EUA, e facilita a distinção entre o texto escrito por máquinas e por humanos
Estudante cria GPTZero, app que promete combater plágio de IA
Imagem: GPTZero/Divulgação

As preocupações sobre plágio desde as escolas até Hollywood são o público-alvo do GPTZero, um robô criado para facilitar a distinção entre o texto escrito por máquinas e por humanos. 

A tecnologia foi desenvolvida por Edward Tian, um estudante de 22 anos da Universidade de Princeton, nos EUA, para funcionar no ChatGPT, da OpenAI. Segundo a Bloomberg, o app já reúne 1,2 milhão de usuários desde janeiro. 

O sistema analisa a aleatoriedade e como ela se distribui nos textos, dois atributos comuns nos materiais gerados por IA (inteligência artificial). Isso porque os chatbots usam uma lógica de previsibilidade e calculam a melhor sequência de palavras a partir do comando inicial. 

Nas análises, o GPTZero mostrou uma taxa de precisão de 99% para identificar textos humanos e 85% para textos gerados por IA. É possível usar a ferramenta no site, no Microsoft Word (abaixo) ou como extensão do Google Chrome.

Estudante cria GPTZero, app que promete combater plágio de IA

O app GPTZero no Microsoft Word. Imagem: GPTZero/Reprodução

O sucesso fez com que Tian criasse o programa Origin, uma plataforma para distinguir a informação gerada por IA dos fatos da mídia online. Ele já garantiu US$ 3,5 milhões com investidores e discute com grandes organizações de mídia, como a BBC, sobre possíveis parcerias de atuação. 

“O campo de detecção é tão novo e acreditamos que merece mais atenção e apoio”, disse ele. A equipe que trabalha com Tian também vê a tecnologia para identificar textos de IA em áreas como segurança, governo, direitos autorais, finanças e direito. Acesse neste link

Melhor que a OpenAI 

O GPTZero se mostrou mais eficaz que a plataforma desenvolvida pela OpenAI para identificar textos humanos de máquinas. Nos testes, a ferramenta só alertou o material escrito pela IA em 26% das vezes. 

Além disso, o recurso não funciona bem em outras línguas que não o inglês e não é confiável em códigos ou textos mais curtos. 

A própria OpenAI reconhece as limitações. “Não deve usá-lo como uma ferramenta primária de tomada de decisão, mas sim como um complemento a outros métodos de determinação da fonte de um texto”, orienta a organização. 

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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