Estudo da NASA sobre OVNIs deve concluir mais sobre a Terra do que sobre aliens
Um estudo lançado pela NASA em junho para investigar OVNIs (objetos voadores não identificados) pode acabar revelando mais sobre a Terra do que sobre alienígenas propriamente ditos. É o que concluiu uma reportagem da revista norte-americana Scientific American, publicada na última segunda-feira (15).
Não seria a primeira vez que isso aconteceria. Um exemplo anterior foi o experimento feito pelo físico Eric Donovan, da Universidade de Calgary, no Canadá. O pesquisador viu uma luz de cor roxa com traços verde neon passando pelo céu. Seu primeiro pensamento era de que se tratava de uma nave alienígena.
A hipótese caiu por terra quando um dos satélites da Agência Espacial Europeia captou o fenômeno: não eram alienígenas, mas um forte e rápido aumento da velocidade de temperatura e fluxo de gás no céu.
Em 2006, moradores da cidade australiana de Queensland viram bolas de fogo no ar, acompanhadas por uma esfera verde de luz rolando no chão. Eram seres de outro mundo? Nada. As bolas de fogo eram só rastros de partículas de meteoros que explodiram em uma conexão elétrica entre a atmosfera e a superfície da Terra. Ao tocar o solo, provocaram a emissão de uma esfera de plasma.
O que já sabemos sobre aliens?
Para dizer a verdade, nada. Pessoas do mundo todo acreditam que eles existam, e já disseram ter tido contato com seres do tipo – mas ninguém jamais conseguiu comprovar isso.
O estudo da NASA – que começou com a divulgação de possíveis OVNIs em documentos militares dos EUA – reúne 12 especialistas por 12 meses para verificar dados já coletados sobre o que pode explicar esses fenômenos.
Já surgiram tentativas anteriores. Na década de 1960, um estudo financiado pelo governo dos EUA na Universidade do Colorado não conseguiu chegar a nenhuma conclusão. “Nada veio do estudo de OVNIs nos últimos 21 anos”, concluiu o professor Edward Condon, que liderou a pesquisa.
Hoje, os estudos mais promissores de alienígenas estão relacionados às áreas das ciências sociais e humanas, onde pesquisadores se desdobram sobre relatos de avistamentos, crenças e possíveis contatos com criaturas de outros mundos.
Essas pesquisas, segundo o historiador da Universidade Estadual da Pensilvânia, Greg Eghigian, dizem mais sobre a condução de investigações psicológicas e disseminação de ideias, que mudanças significativas nas ciências exatas ou biológicas, por exemplo.
Por isso, a suspeita é que o principal objetivo do projeto da NASA seja preservar os arquivos de observação da Terra para eventualmente extrair novos insights sobre o nosso próprio planeta. “Meu palpite é que o projeto diz mais sobre [novos] dados e menos sobre alienígenas”, pontuou Donovan.