Ciência

Eunice aphroditois: conheça os vermes de areia de “Duna” na vida real

Conhecido nas telas de "Duna", o verme de areia tem um parente no mundo real: o Bobbit. Entenda as semelhanças entre os dois
Imagem: Wikimedia Commons/ Reprodução

Embora não tenha 400 metros de comprimento, há uma espécie do mundo real que tem muito em comum com o Shai-Hulud, verme de areia que faz parte do universo de “Duna“. Assim como o bichão da ficção, o verme Eunice aphroditois se esconde embaixo da areia, possui serrilhas afiadas na boca e é um ótimos predador.

Nos livros e filmes da trilogia “Duna“, os vermes de areia são seres sagrados para a população do deserto do planeta Arrakis. Dessa forma, os Fremen utilizam o ser vivo para movimentos migratórios, além dele ser fonte da “água da vida”, elemento essencial em rituais.

Contudo, para estrangeiros em busca de especiarias, o verme de areia mostra seu lado letal e, por isso, é temido. É com esse lado que o Eunice aphroditois mais se parece.

Sobre Eunice aphroditois

Conhecido popularmente como Bobbit, o verme vive na areia do fundo do mar, especialmente nas águas rasas e tropicais. Como destacou o LiveScience, ele está presente principalmente nas profundezas do Oceano Atlântico.

Como um bom morador do fundo do mar, suas presas são peixes e outros animais invertebrados que por ali vivem. Assim, quando quer comer, emerge da areia com suas antenas levantadas, a fim de atrair os alvos. 

Nesse momento, as serrilhas da mandíbula já estão prontas para o ataque — o que costuma acontecer durante a noite. Dessa forma, conseguem até mesmo partir um peixe ao meio.

Além das garras bucais, o verme de areia também é capaz de produzir toxinas que podem matar presas e outros animais que o ameacem. Embora o maior representante já registrado da espécie tenha três metros de comprimento, especialistas afirmam que as toxinas podem matar criaturas ainda maiores do que isso.

Quando ameaçados, os vermes de areia da vida real podem se partir em diversos pedaços. Assim, confundem a presa e, de suas partes, conseguem se regenerar.

Apesar de tantas habilidades, os Bobbits têm uma visão prejudicada. Por isso, utilizam as antenas para se situar, uma vez que elas são receptores de luz e químicos e, assim, conseguem captar a presença de outros seres vivos.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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