Cultura

Exclusivo: processo de maquiagem de Chris Hemsworth durava 4h em “Furiosa: Uma Saga Mad Max”

O galã contou com exclusividade como foi trabalhar interpretando o senhor da guerra Dementus em "Furiosa: Uma Saga Mad Max"
Imagem: Wikimedia Commons/Reprodução

“Furiosa: Uma Saga Mad Max”, prequel de “Estrada da Fúria”, estreou no cinema na semana passada trazendo Anya Taylor-Joy, como a protagonista Furiosa — vivida por Charlize Theron em 2015 –, e Chris Hemsworth em um papel um pouco diferente dos quais está acostumado.

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Desta vez, o ator australiano, acostumado a viver heróis e personagens bondosos, interpretou um implacável vilão que, apesar de facilmente odiável, tinha um certo ar de carisma. E, embora tenha sido diferente, Chris parece ter gostado bastante da experiência, apesar do cansativo processo de maquiagem.

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Nesta entrevista cedida pela Warner com exclusividade ao Giz Brasil, o galã contou como foi trabalhar ao lado do diretor George Miller e interpretar o senhor da guerra Dementus, que certamente é uma das melhores coisas do filme mais recente da saga.

“Sonho realizado”, diz Hemsworth

Segundo o astro — que se tornou mundialmente conhecido interpretando Thor nos filmes do Universo Cinematográfico da Marvel — um dos maiores desafios da produção era o processo de maquiagem, que durava aproximadamente 4 horas. Porém, todo o stress gerado durante o processo de caracterização foi bom para a construção deste vilão detestável, mas um pouco caricato.

“Isso certamente gerou uma quantidade justificável ou muito necessária de ódio reprimido que pude mostrar na frente da câmera. Usei isso a meu favor. Foi uma verdadeira lição de tranquilidade. E eu não sou bom em ficar quieto. Tenho a tendência a me mexer, me distrair e assim por diante, mas fui forçado a estar somente em um espaço. Isso me deu bastante tempo para pensar sobre o personagem”

Hemsworth teve a oportunidade de trabalhar em “Furiosa” ao lado de George Miller, um dos cineastas mais celebrados de nosso tempo, que também é australiano. O ator de 40 anos afirmou que a franquia “Mad Max” foi uma das produções que fizeram parte de sua infância — ao lado de “Crocodilo Dundee” — um dos maiores ícones do cinema da Austrália.

Ele também revelou que os filmes dirigidos por Miller foram importantíssimos para a sua decisão de seguir a carreira de ator. O astro ainda revelou relembrar o mesmo sentimento de quando era criança ao, finalmente, se tornar parte deste universo.

Tenho memórias muito vívidas e nostálgicas de assistir ‘Mad Max’ quando criança, e depois falar sobre as motos, os carros e o mundo que George criou com meu pai. E assim, para fazer parte do mundo, anos depois, eu ainda me sinto como aquele jovem garoto assistindo ao filme pela primeira vez. Eu sinto o mesmo entusiasmo. É um sonho realizado.

A ajuda dos storyboards

“Mad Max: Estrada da Fúria” é um dos grandes marcos da história recente do cinema. Mesmo com muitos problemas durante sua produção, o longa recebeu dez indicações ao Oscar e venceu em seis categorias.

Aliás, o filme ficou famoso por ter um storyboard com prévias das cenas mesmo antes do roteiro ser completamente finalizado, o que evidencia a importância que a parte visual tem na obra de Miller. Com  “Furiosa” não foi diferente, já que o roteiro também contava com imagens que ajudaram o elenco a se situar e visualizar com maior precisão a narrativa que o cineasta queria contar nas telonas.

Mesmo com bastante experiência no segmento do entretenimento e trabalhado em vários filmes, Chris Hemsworth se disse bastante impressionado com o material de “Furiosa” que recebeu.

“Me lembro de ficar muito impressionado com o material. Não era um roteiro tradicional. Tinha storyboards, tinha imagens, passagens com informações como e depois cenas com diálogos. Foi a maneira mais imersiva de ler um roteiro. Eu não sei por que não fazem isso com maior frequência. O roteiro explicou muito rapidamente sobre aquele mundo e ajudou a entender mais profundamente do que se tratava o filme.

O desafio de interpretar um antagonista

Hemsworth também falou sobre o processo de criação do antagonista Dementus e como a colaboração de George Miller contribuiu para moldar este personagem como um vilão mais convincente.

Segundo o ator, nos primeiros encontros com o diretor, muitos meses antes de iniciarem as gravações, foram discutidos aspectos psicológicos e filosóficos sobre ditadores e quais são os artifícios que eles normalmente usam para controlar e, principalmente, manipular as massas.

A manipulação, como vemos nos ditadores, era algo que queríamos incorporar no caráter. Da maneira como fala, às ideias e detalhes sobre o que ele fala, e até mesmo a representação física de qual é a versão pós-apocalíptica de um imperador? Como vai se vestir? Como vai se mover? Que tipo de excentricidade e carisma ele vai demonstrar para reunir o grupo de motociclistas e seguidores? Tudo isso.

Embora alguns fãs tenham criticado a escalação da atriz Anya Taylor-Joy, após o lançamento do filme, não restam dúvidas de que ela foi uma excelente escolha para o papel. Como dissemos na nossa crítica, mesmo sem ter muitas falas, a atriz brilha expressando diferentes emoções somente com os olhos.

“É uma história de personagens reais”

A construção da dinâmica entre Furiosa e Dementus também foi um trabalho colaborativo entre os atores. Isso foi importante para que o arco de vingança fizesse sentido para a audiência. No final das contas, o esforço dos atores valeu a pena. Isso porque, além de entregar excelentes sequências de ação, também serviu um ótimo arco dramático para os personagens que protagonizam o longa.

“Existem poucas pessoas no planeta que podem dizer tanto com tão pouco, e ela [Anya Taylor-Joy] tem esse dom maravilhoso. Isso realmente me ajudou a moldar como meu personagem precisava agir, para que ela sentisse tanto nojo, ressentimento e raiva em relação ao meu personagem. Eu precisava fornecer estímulo suficiente para justificar o ódio. Foi ótimo ir e vir, lançando ideias um ao outro para permitir que os dois personagens crescessem naturalmente com o filme.”

Chris Hemsworth também demonstrou muito entusiasmo em ter trabalhado em “Furiosa: Uma Saga Mad Max”. Segundo ele, é diferente de tudo — até mesmo dos outros filmes da franquia.

“O que é único sobre este filme, até mesmo em relação aos outros na saga ‘Mad Max’, é que ele se passa ao longo de 15 anos, então a extensão é muito maior. É conto épico shakespeariano: a subversão do poder e uma verdadeira batalha de inteligência de Immortan Joe, Dementus e Furiosa. Eles estão lutando por recursos – Gas Town, Bullet Farm, The Citadel – para sobreviver. É de ‘alta octanagem’, movido a adrenalina, cheio de ação, mas é uma história de personagens reais. Estou muito animado para que as pessoas vejam.”

Reveja o trailer de “Furiosa: Uma Saga Mad Max”:

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Vinicius Marques

Vinicius Marques

É jornalista, vive em São Paulo e escreve sobre tecnologia e games. É grande fã de cultura pop e profundamente apaixonado por cinema.

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