A Facebookcoin, ou seja lá como a estamos chamando, está cada vez mais próxima de se tornar uma realidade.
Depois de notícias anteriores de que o projeto estava em andamento, o Wall Street Journal, citando fontes familiarizadas com o assunto, informou na quinta-feira (2) que o Facebook tem conversado com “dezenas” de grupos financeiros sobre sua iniciativa de criptomoeda super secreta, que aparentemente tem o codinome de “Projeto Libra”. Entenda o que você quiser dessa informação.
De acordo com o Wall Street Journal, o Facebook vê o projeto como uma forma de se integrar ainda mais na vida de seus usuários — nenhuma surpresa aqui —, desenvolvendo uma moeda que poderia ser usada no Facebook e em toda a internet tão facilmente quanto os usuários usam suas credenciais da rede social como informações de login para outros sites e serviços. Não é surpresa que, por se tratar do Facebook, a empresa também esteja procurando maneiras de vincular o projeto a anúncios:
Uma ideia que está sendo considerada é que os usuários poderiam clicar em anúncios para comprar um produto e pagar com tokens do Facebook, que o vendedor poderia então reutilizar para pagar por mais anúncios, disse uma fonte. O Facebook lançou um recurso semelhante — usando dólares e pagamentos por cartão tradicionais — no Instagram, de que é dono, em março.
O Facebook supostamente se reuniu com Visa, Mastercard e outras empresas financeiras sobre o projeto e espera garantir investimentos de aproximadamente US$ 1 bilhão, que as fontes do Wall Street Journal disseram se destinar a apoiar o valor da moeda e protegê-la contra a volatilidade padrão das criptomoedas.
“Como muitas outras empresas, o Facebook está explorando maneiras de aproveitar o poder da tecnologia blockchain”, disse um porta-voz da empresa ao Gizmodo por e-mail, recitando uma declaração que a empresa já fez anteriormente sobre o projeto. “Essa nova pequena equipe está explorando diversas aplicações diferentes. Não temos mais nada para compartilhar.”
A Bloomberg noticiou em dezembro que o Facebook estava desenvolvendo uma criptomoeda para a sua subsidiária WhatsApp, e o New York Times informou em fevereiro que a empresa havia se reunido com casas de câmbio de criptomoedas para falar sobre seus planos para a moeda.
Já o Recode noticiou em maio do ano passado que o Facebook tinha montado uma divisão de blockchain e estava movendo uma série de executivos da empresa para o projeto, incluindo David Marcus, que vinha liderando a equipe do Messenger antes da mudança. Ao anunciar sua saída dessa divisão em um post no Facebook na época, Marcus escreveu que iria “criar um pequeno grupo para explorar a melhor forma de aproveitar a blockchain no Facebook, começando do zero”.
Em janeiro do ano passado, Mark Zuckerberg escreveu no Facebook que estava “interessado em aprofundar e estudar os aspectos positivos e negativos das tecnologias (de criptografia e criptomoeda) e como melhor utilizá-las em nossos serviços”. Curiosamente, seu site, poucas semanas depois, baniu anúncios que promoviam “produtos e serviços financeiros que estão frequentemente associados a práticas promocionais enganosas ou mentirosas”, incluindo opções binárias, ofertas iniciais de moedas e, é claro, criptomoedas.
Tenho a certeza que vai correr tudo bem. Todas as outras coisas que o Facebook fez foram ótimas mesmo. Certo?