Em 2020, haverá a primeira eleição presidencial nos Estados Unidos após os escândalos da Cambridge Analytica. Então, o Facebook está tomando medidas antecipadas para evitar interferências políticas ou batalhas de desinformação na rede.
Nesta segunda-feira (21), a companhia deu detalhes de como vai lidar com notícias falsas no Facebook e no Instagram. Resumidamente, a empresa irá dizer claramente se alguma postagem é falsa, com uma sinalização que ocupa todo o post. A verificação de veracidade será feita por checadores de conteúdo independentes.
De acordo com o post do Facebook, as possíveis nomenclaturas que os posts receberão serão falso ou parcialmente falso e elas começarão a aparecer nos Estados Unidos a partir do próximo mês.
Apesar desta nova medida, o Facebook diz que já trabalha para reduzir o alcance de notícias falsas ao fazer com que esses conteúdos sejam vistos por menos gente, além de remover menções e hashtags a notícias falsas na guia Explorar do Instagram. No caso do Facebook, a companhia diz que em caso de notícias falsas, eles limitam as possibilidades de monetização e de fazer anúncios.
Importante notar que o Facebook mantém sua posição de que não analisará a veracidade de anúncios políticos. Recentemente, nos EUA, houve toda uma discussão sobre se a rede deveria analisar se um político mente em um anúncio ou não. Por um lado, o Facebook diz que não cabe a eles fazerem isso, mas aos eleitores, por outro, quem critica a rede alega que a companhia não liga, pois ganha dinheiro com publicidade.
O único tipo de publicidade que o Facebook vai remover de forma ativa são as que desencorajam o voto ou tentam enganar os eleitores dizendo, por exemplo, para eles votarem via mensagem de texto.
Voltando às ações referentes às eleições dos EUA o Facebook também declarou que veículos de mídia que tenham algum tipo de participação estatal deverão claramente informar em suas páginas. Os usuários, então, saberão se um meio de comunicação é estatal ou pertence parcialmente a um estado. No entanto, o Facebook diz que fará algumas diferenciações.
“É importante notar que nossa política diferencia meios de comunicação controlados pelo estado e a mídia pública, que nós definimos como qualquer mídia que é financiada de forma pública, tem uma missão de serviço público e pode demonstrar um controle editorial independente. Num primeiro momento, estamos concentrando nossos esforços em rotular empresas de mídia controladas por estados”, diz a rede no anúncio.
À princípio, essas definições devem acontecer primeiro no Facebook e, posteriormente, no Instagram, com previsão para que isso ocorra logo no início de 2020.
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