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Facebook permitirá que usuários escolham ver menos anúncios políticos

O Facebook anunciou que os usuários poderão escolher ver menos anúncios políticos na plataforma. A ferramenta ainda será liberada – primeiro nos EUA e depois no restante do mundo.

Ícone do Facebook em uma tela de fundo preto.

Matt Rourke/AP

As próximas eleições presidenciais dos Estados Unidos podem ser bem complicadas no que diz respeito à desinformação e propaganda – porém, o Facebook está tentando encontrar soluções para amenizar os efeitos que sua plataforma pode ter no pleito. Em breve, os usuários poderão escolher ver menos anúncios políticos na rede social.

O Facebook fez o anúncio na manhã desta quinta-feira (9) em uma publicação no blog oficial da empresa, escrito por Rob Leathern, diretor de gerenciamento de produtos. Ele anunciou que a companhia irá expandir sua Biblioteca de Anúncios (Ad Library), um portal online que permite que as pessoas rastreiem como diferentes campanhas políticas estão sendo financiadas.

O Facebook diz que vai liberar a possibilidade de limitar a sua exposição à anúncios no começo do segundo semestre. A função deve ser liberada para outras partes do mundo depois disso, mas não há menção a datas – o Brasil terá eleições municipais em outubro. Entramos em contato com o Facebook questionando a disponibilização da opção no Brasil e iremos atualizar essa publicação quando obtivermos resposta.

Do Facebook:

Ver menos anúncios políticos: ver menos anúncios de questões políticas e sociais é um pedido comum que ouvimos das pessoas. É por isso que planejamos adicionar um novo controle que permitirá que as pessoas vejam menos anúncios de questões políticas e sociais no Facebook e Instagram. Este recurso se baseia em outros controles em Preferências de anúncios que lançamos no passado, como permitir que as pessoas vejam menos anúncios sobre determinados tópicos ou remover interesses.

O restante da publicação no blog do Facebook confirma que a empresa não irá remover anúncios de políticos que mentem na rede social. O posicionamento do Facebook é de que a empresa não pode ser uma espécie de árbitro da verdade e que gostaria que existissem leis federais que digam como o discurso político deve ser gerenciado na plataforma.

Do Facebook:

Nos baseamos no princípio de que as pessoas devem ser capazes de ouvir aqueles que as querem liderar, com toda a carga que isso possa carregar, e aquilo que essas pessoas dizem deve ser analisado e debatido em público. Isso não significa que os políticos possam dizer o que quiserem em anúncios no Facebook. Todos os usuários devem seguir as nossas Normas Comunitárias, que se aplicam aos anúncios e incluem políticas que, por exemplo, proíbem discursos de ódio, conteúdo nocivo e conteúdo concebido para intimidar os eleitores ou impedi-los de exercer o seu direito de voto. Nós proibimos regularmente anúncios de políticos que violam nossas regras.

O único problema é que o Facebook, na verdade, não remove os anúncios que violam suas próprias políticos. Em apenas um exemplo, o presidente Donald Trump recentemente usou uma depreciação racial para se referir à candidata democrata Elizabeth Warren. O anúncio foi ao ar normalmente.

No final das contas, pelo menos as pessoas poderão ver uma quantidade menor de anúncios políticos no Facebook. É uma pequena vitória, mas qualquer ponto tá valendo.

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