Fato ou boato: site da Justiça Eleitoral junta todas checagens de fake news
Quer saber se alguma informação sobre os candidatos à presidência ou governo é falsa? Fique de olho no site Fato ou Boato, da Justiça Eleitoral, que reúne todas as checagens de fake news em tempo real.
Uma rede de checagem com 27 TREs (Tribunais Regionais Eleitorais), agências especializadas e mais de 150 entidades desmentem boatos e educam sobre maneiras de combater a desinformação.
A iniciativa nasceu nas eleições municipais de 2020 em resposta à onda de fake news das eleições de 2018. Além do site, a Justiça Eleitoral também disponibiliza o chatbot Tira-Dúvidas que envia informações checadas via WhatsApp.
Para usar, basta enviar uma mensagem ao número +55 (61) 9637-1078 ou clicar neste link. Ao acessar “Consulta de informações” e enviar o assunto, o bot diz imediatamente se o conteúdo é verdadeiro ou falso.
Fato ou boato? Veja checagens recentes
É fake: Invasão de hackers russos ao sistema do TSE
O boato compartilhado, principalmente, em formato de áudio, dizia que hackers russos invadiram o sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no 1º turno para “desviar” os votos entre os candidatos à presidência. Como consequência, um deles teria ficado uma hora sem receber votos.
Essa alegação é FALSA. Não houve nenhuma invasão hacker ao sistema do TSE. Vale lembrar que a urna eletrônica não tem conexão com a internet e que a transmissão de votos é 100% segura. Nós, do Giz, já falamos sobre a segurança da urna eletrônica nesta reportagem.
É fake: Exército “impediu” roubo na apuração de votos
Um post nas redes sociais dizia que integrantes do Exército foram alertados por hackers russos (sempre eles) sobre uma suposta fraude na votação orquestrada pelo TSE. Segundo a fake news, ao receber a “denúncia”, o Exército entrou na sala secreta e impediu a manipulação.
Essa alegação é FALSA. Não há qualquer intervenção humana na soma dos votos. A “sala secreta” do TSE é, na verdade, um local com vários computadores e aberta à visita de entidades que fiscalizam o sistema eletrônico de votação, como a Polícia Federal e todos os partidos políticos.
É fake: Smartmatic não fabrica urnas eletrônicas, nem controla eleições no Brasil
Boato diz que o presidente da empresa Smartmatic é a responsável pela fabricação e por controlar as eleições do Brasil. Outra informação falsa é que o presidente da companhia foi preso pelo FBI e pela Interpol nos EUA por fraudar o pleito.
Todas as alegações são FALSAS. A Smartmatic não é responsável pela fabricação das urnas eletrônicas. Mesmo que a empresa produzisse as peças, não seria um indício de irregularidade, visto que ela não teria acesso ao software. Além disso, não há registro da prisão do presidente da empresa, Antonio Mugica.
Como denunciar?
Ao receber alguma notícia falsa, descontextualizada ou manipulada sobre as eleições, é possível denunciar no Sistema de Alerta de Desinformação. Ali, o eleitor também pode informar os números de telefones suspeitos de disparo de mensagens em massa.
As denúncias vão para as plataformas digitais parceiras do TSE, que verificam os conteúdos. Dependendo da gravidade, também podem passar pela avaliação do Ministério Público Eleitoral e outras autoridades, como a Polícia, para adoção das medidas legais.
Identifique o que é fake
Não é difícil saber se uma informação é falsa ou verdadeira. Para distinguir, atente-se a estes passos:
- Qual é a fonte da notícia?
- Leia o texto da matéria, e não apenas o título
- Preste atenção no endereço eletrônico da reportagem. Ele pode só ser parecido com o de um site oficial
- Leia outras notícias do mesmo site e avalie a veracidade
- Procure saber sobre o site que publicou a informação
- Verifique se o texto possui erros de ortografia
- Confirme a notícia em outros sites
- Cheque a data da publicação
- Confira a autoria do texto