Finalmente, agora existe um humanoide com uma parafusadeira elétrica na mão
Já faz um tempo desde que o AIST (Instituto Nacional de Tecnologia e Ciência Industrial Avançada do Japão) atualizou a sua linha de robôs humanoides HRP. Embora a última evolução, HRP-4C, tenha conseguido tornar o robô muito mais parecido um humano ao utilizar um rosto feminino bem realista, o novo visual industrial do HRP-5P parece que escapou da fábrica antes de os detalhes do corpo ficarem prontos. Ele não é bonito, mas suas capacidades são impressionantes.
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Ver o vídeo do HRP-5P em ação pode parecer familiar, e isso ocorre provavelmente porque o Instituto Nacional de tecnologia e Ciência Industrial Avançada do Japão se inspirou no design do ATLAS, da Boston Dynamics, que tem uma estrutura que deixa expostos todos os sensores, motores e eletrônicos.
Mas os criadores do HRP-5P e do ATLAS não adotaram esse tipo de visual, pois está na moda deixar os motores expostos. A funcionalidade autônoma que permite que o robô se locomova até uma mesa, pegue um pedaço de madeira e o parafuse na parede depende de vários sensores localizados ao redor do corpo para visualizar as imediações, os obstáculos e os objetos que suas mãos precisam manusear. Escondê-lo no corpo provavelmente reduziria a efetividade dos robôs.
Crédito: AIST
Além disso, uma “capa” externa adicionaria peso ao robô. Em seu design atual, o HRP-5P pesa 100 kg. Isso não é leve, mas é o suficiente para trabalhar em ambientes feitos para humanos navegarem, sem a necessidade de acomodações especiais para o peso do robô.
Recentemente, engenheiros especializados em robótica e pesquisadores finalmente conseguiram cortar o cordão umbilical de suas criações. Mesmo há alguns anos, robôs bípedes como o HRP-5P e o ATLAS exigiam uma série de cabos conectados a um computador, além de uma entrada para força. No entanto, um robô mais leve geraria menos esforço em seus motores.
Como resultado, robôs humanoides como o HRP-5P e ATLAS podem agora funcionar com baterias que se carregam sozinhas, aumentando sua mobilidade, seu nível de movimentos e sua liberdade. Em relação a robôs domésticos, eu trocaria fácil meu Roomba por um robô como esse, que conseguiria dar um trato no porão da minha casa.
[AIST via IEEE Spectrum]