Três fontes inteligentes que resolvem problemas do cotidiano

As fontes podem ajudar a corrigir alguns problemas como a dislexia, o cansaço dos programadores e a distração dos motoristas. Conheça algumas dessas tipologias.
Três fontes que auxiliam em problemas cotidianos

A escrita foi criada há muito, muito tempo — os seres humanos usam sinais gráficos para se comunicarem há milhares de anos. No entanto, nunca chegamos a um consenso sobre qual é a tipologia perfeita. Mas nos últimos anos, aumentou bastante o número de designers de fontes que passaram a trabalhar para resolver problemas reais e tangíveis que as fontes podem ajudar a resolver.

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As três tipologias abaixo foram projetas para usuários e desafios específicos: elas não foram feitas com base em razões puramente estéticas, mas com o intuito de ajudar a resolver problemas como deficiências de leitura, os desafios dos programadores e distração de motoristas. Entenda como funcionam essas fontes inteligentes.


Uma fonte que auxilia a leitura dos disléxicos

A Dyslexie é uma fonte criada pelo designer Christian Boer, que é disléxico e queria criar uma fonte que neutralizasse alguns dos efeitos dessa deficiência. Um exemplo: letras com formatos parecidos foram deformadas de maneira incomum para que os disléxicos tenham mais facilidade na hora de diferenciá-las.

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Para leitores disléxicos, em geral as letras giram e se movem na página. Por isso, nessa fonte, a parte inferior das letras é mais “pesada”, o que ajuda a ancorá-las, a mantê-las visualmente no lugar.
De acordo com o Guardian, a fonte ajuda os disléxicos a lerem até 85% mais rápido.
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Uma fonte otimizada para programadores

A maior parte dos programadores usa fontes como a Fixedsys, que é mono-espaçada (cada letra é da mesma largura) para fazer com que seja mais fácil detectar erros. Mas esses designs antigos tendem a ser desgastantes para os olhos e para o cérebro durante todas aquelas horas gastas diante de um computador olhando fixamente para o texto minúsculo. Foi por isso que David Jonathan Ross, um programador que acabou se tornando designer de fontes, criou uma tipografia chamada Input.

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Como as outras fontes de largura fixa, a Input é mono-espaçada, mas Ross deu a ela uma variedade de estilos e tamanhos, todos destinados a fazer com que essas telas cheias de texto se tornem melhores de enxergar durante um longo dia de trabalho.

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Uma fonte que faz com que os motoristas se distraiam menos

Mesmo que você não seja um tonto que escreve mensagens de texto enquanto está dirigindo, está se tornando difícil andar pelas ruas ou por estradas sem olhar para um aparelho de GPS ou alguma outra tela. A Monotype desenvolveu uma fonte criada para fazer com que esses olhadelas inevitáveis para telas distraiam menos o motorista.

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Ela se chama Burlingame e começou como uma fonte de vídeo game. O que faz com que ela seja boa para motoristas é o fato de que nenhuma de suas letras ou números podem ser confundidas com outros. Não é possível confundir O e 0 ou g e 9. Um estudo do MIT descobriu que os motoristas tiveram 13% de melhora no tempo de resposta quando estivam lendo a Burlingame em vez de outras fontes.

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