Astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional capturaram a espetacular erupção do vulcão Raikoke, na península de Kamchatka, Rússia, no fim de semana.
A imagem é incrível. Aqui está ela inteira:
A imagem mostra a forma clássica de pluma vulcânica subindo e, em seguida, as cinzas se espalhando no topo. Ao redor dela, há um anel de nuvens brancas. De acordo com a explicação de Simon Carn, vulcanologista da Michigan Tech, essas nuvens brancas provavelmente são vapor de água condensado no ar ou vapor de magma entrando na água. Dados de aeronaves e satélites mostram que as cinzas podem ter alcançado altitudes de 12 a 16 quilômetros.
Plumas vulcânicas altas o suficiente para alcançar a estratosfera são de especial interesse para vulcanólogos, uma vez que são as que mais impactam o clima e a aviação, de acordo com o comunicado da NASA.
Raikoke é uma ilha vulcânica desabitada com um pico de 550 metros. Ela faz parte das Ilhas Curilas, um arquipélago que vai do Japão à Península de Kamchatka, na Rússia. A ilha fica no Anel de Fogo do Pacífico, onde a placa tectônica do Pacífico encontra outras placas tectônicas, e onde ocorre a maioria dos terremotos e erupções vulcânicas do mundo.
Raikoke anteriormente entrou em erupção em 1924 e em 1778. As Ilhas Curilas também têm outros vulcões ativos. Em 2009, a ISS sobrevoou o vulcão Sarychev e tirou uma foto. Essa imagem gerou um intenso debate científico sobre as características específicas da erupção, de acordo com outro post do Observatório da Terra da NASA.
A pluma de cinzas do vulcão está desde ontem a caminho do norte, sobre o Mar de Bering, de acordo com a Agência Espacial Europeia.