Ciência

Garoto britânico recebe 1º implante cerebral para controlar epilepsia

De acordo com os pais do adolescente Oran Knowlson, de 13 anos, os resultados do implante foram impressionantes no controle da epilepsia
Justine Knowlson/Divulgação

O britânico Oran Knowlson, um garoto de 13 anos, se tornou a primeira pessoa do mundo a receber um implante cerebral para controlar as convulsões de epilepsia.

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O implante, um neuroestimulador que fica no crânio de Oran, envia sinais elétricos para o cérebro, reduzindo as convulsões diárias em 80%.

Oran tem a Síndrome de LennoxGastaut, uma doença grave que aparece na infância e apresenta uma maior resistência ao tratamento de epilepsia. Desde então, Oran sofria convulsões epilépticas diariamente, que podiam ocorrer centenas de vezes.

A cirurgia do implante cerebral no garoto britânico ocorreu em outubro do ano passado, parte de uma experiência de um hospital de Londres para avaliar a compatibilidade em pessoas com epilepsia.

Durante a cirurgia, os médicos inseriram dois eletrodos no cérebro de Oran até que chegassem ao Tálamo, que transmite os sinais motores e sensitivos para o córtex.

Como é o implante cerebral para epilepsia 

O implante em Oran consiste em um neurotransmissor que monitora a atividade cerebral e detecta padrões incomuns que podem gerar uma convulsão. Quando esses padrões acontecem, o neurotransmissor lança uma pequena descarga elétrica para interromper essa atividade e prevenir que aconteça a convulsão.

Implante cerebral para controlar epilepsia

O dispositivo Piscotim. Imagem: Bioinduction/Divulgação

O neurotransmissor é o dispositivo Picostim, da empresa britânica Amber Therapeutics, medindo 3,5cm². É possível carregar a bateria do Picostim usando fones de ouvido.

De acordo com os pais do garoto, os resultados do implante foram impressionantes no controle da epilepsia. Nos primeiros seis meses, além da enorme queda no número de convulsões, a qualidade de vida de Oran melhorou significativamente.

Antes do implante, o garoto não era capaz de sair de casa sozinho, mas, agora, ele recuperou uma certa independência, de acordo com seus pais.

A experiência do implante continua em andamento e os cientistas precisam de mais pesquisas para avaliar a efetividade do neurotransmissor. No entanto, os resultados promissores podem sinalizar uma solução para milhões de pessoas que sofrem não somente com epilepsia, mas também com outros transtornos neurológicos.

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