Tudo parecia normal no Brights Zoo, o zoológico da cidade de Limestone, no Tennessee, Estados Unidos. Até que, em 31 de julho, uma bebê girafa da espécie reticulada nasceu, simplesmente, sem manchas.
Uma das características das girafas reticuladas é seu pelo repleto de manchas marrons, que contrastam com o fundo amarelado. As bolinhas seguem padrões diferentes, que provavelmente são herdados de suas mães.
No entanto, além do visual característico que ajuda as girafas a se camuflarem nas savanas africanas, as manchas também têm outra função. De acordo com a Fundação para a Conservação de Girafas, elas servem como um sistema de perda de calor.
Isso porque em cada mancha existem glândulas sudoríparas. Além disso, há também uma vasta circulação sanguínea na região, com vasinhos em uma disposição única sob as manchas. Dessa forma, elas ajudam a regular a temperatura do corpo das girafas.
Única girafa sem manchas no mundo
Isso pode influenciar a existência da nova bebê girafa? Talvez, mas o fato curioso já aconteceu em outro momento. A última girafa com essa mutação genética teria nascido em 1972, em Tóquio, e foi chamada de Toshiko.
Atualmente, os especialistas do Brights Zoo acreditam que ela é atualmente a única girafa-reticulada de cor sólida no mundo. E, de acordo com a equipe que acompanha seu crescimento, ela está indo bem e já mede 1,82 metros de altura.
Seu principal problema agora é a falta de nome. O zoológico lançou uma votação em sua página do Facebook com algumas opções:
Kipekee, que significa “única”;
Firyali, que significa “incomum”ou “extraordinária”;
Shakiri, que significa “ela é a mais bonita”;
Jamella, que significa “de grande beleza”.
Você pode deixar seu voto no nome que preferir até o dia 4 de setembro.
Aproveitando a fama
Em geral, as girafas reticuladas vivem em pequenas populações divididas pelas terras do Quênia, da Somália e do sul da Etiópia. Devido à sua distribuição fragmentada, elas são classificadas como “em perigo” pela IUCN (International Union for Conservation of Nature).
Além disso, 40% da população das girafas selvagens foi perdida nas últimas três décadas. Por este motivo, para o fundador do Bright Zoo, a repercussão do nascimento da girafa sem manchas deu visibilidade a este animal.
Isso deve ser aproveitado para reforçar a necessidade da conservação das girafas. “As populações selvagens estão silenciosamente à beira da extinção”, declarou Tony Bright em um comunicado enviado ao IFLScience.
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