Google coloca ponto final na fabricação do Pixelbook; veja como fica

Novo laptop Pixelbook, do Google, já tinha previsão de lançamento para 2023, mas empresa dissolveu a equipe de desenvolvimento do laptop e cancelou tudo; motivo seria corte de custos
Google coloca ponto final na fabricação do Pixelbook; veja como fica
Imagem: Google/Pixelbook/Reprodução

Mesmo com data de lançamento agendada para 2023, o Google suspendeu a fabricação e transferiu toda a equipe responsável pelo desenvolvimento do novo laptop Pixelbook. 

Fontes não identificadas disseram ao site The Verge que a medida tem relação com um corte de custos do Google. Com a decisão, o modelo fica em standby e o lançamento está cancelado. O modelo Pixelbook Go continua à venda nos EUA, Canadá e Reino Unido. 

A decisão causou surpresa no mercado. Os Pixelbooks se popularizaram nos EUA durante a pandemia, quando passaram a servir como uma alternativa eficiente e relativamente barata aos laptops da Apple e da Microsoft. 

A venda de dispositivos ChromeOS – o sistema operacional do Pixelbook – cresceu 275% na comparação entre o primeiro trimestre de 2020 e o mesmo período de 2021. 

Agora, surgem hipóteses para o cancelamento da linha. O primeiro é que as vendas do Pixelbook caíram mais que as fabricantes concorrentes em 2022. A empresa de pesquisa norte-americana Gartner estimou uma queda total de 30% nas vendas desses dispositivos do Google desde janeiro. 

Outra hipótese é o desenvolvimento do chip Tensor, que pode ter sido motivo para o Google remanejar as equipes. O que fica claro é que a big tech colocou seu foco nos smartwatches e tablets, onde ainda há uma lacuna de mercado do Android. 

O que diz o Google 

O Google não se pronunciou oficialmente em seus blogs sobre a descontinuidade do Pixelbook. Ao site The Verge, porém, a gerente de comunicações Laura Breen disse que o Google mudou suas prioridades. 

“O Google não compartilha planos de produtos futuros ou informações de pessoal”, escreveu. “No entanto, estamos comprometidos em construir e oferecer suporte a um portfólio de produtos que sejam inovadores e úteis para nossos usuários”. 

“Em relação ao nosso pessoal, nos momentos em que mudamos as prioridades, trabalhamos para fazer a transição dos membros da equipe entre dispositivos e serviços”, pontuou. Segundo ela, a equipe do Pixelbook foi remanejada para outros setores. 

Em julho, o CEO do Google, Sundar Pichai, escreveu em um memorando que pretende desacelerar as contratações e cortar alguns projetos em toda a empresa. Segundo Pichai, isso significa, em alguns casos, simplificar processos. E, em outros, pausar o desenvolvimento e redistribuir recursos em áreas de maior prioridade. Esse parece ter sido o caso do Pixelbook.

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Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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