Google inicia testes públicos com o Bard IA, sua resposta ao ChatGPT
O Google acaba de lançar o Bard, seu próprio chatbot ultra responsivo. Assim como o ChatGPT, a nova IA (inteligência artificial) extrai informações da internet e usa o processamento de linguagem LaMDA para criar textos e responder perguntas diretamente, sem que os usuários precisem acessar links.
A partir desta terça-feira (7), a versão está disponível apenas para “testadores confiáveis”, disse Sundar Pichai, CEO do Google, em comunicado. Segundo ele, a ferramenta deve ficar disponível ao público nas próximas semanas.
No anúncio, Pichai diz que os recursos entrarão na Pesquisa e Maps em breve. Será uma versão simplificada do LaMDA, que requer menor poder de computação. Isso deve permitir que o Google disponibilize a ferramenta para mais usuários nos testes iniciais.
A relação do chatbot com a Pesquisa deve minar os planos da Microsoft, que pretendia fazer algo parecido com seu buscador Bing, em uma tentativa de ampliar a concorrência frente ao Google.
Assim como queria a Microsoft, o objetivo do LaMDA é tornar as pesquisas mais “humanas”. Na prática, tudo indica que os usuários receberão as respostas “mastigadas” pelo robô e não precisarão clicar em links para tirar dúvidas simples online.
No comunicado, uma captura de tela mostra que o recurso fornece uma resposta complexa antes de listar os links que já conhecemos nas pesquisas do Google. É difícil prever o que vem pela frente, mas o recurso certamente mudará a forma como nos relacionamos com as buscas online.
O que é o LaMDA
Antes do Bard, o Google anunciou sua transição para a abordagem AI-first (IA primeiro, na tradução livre) ainda em 2017. Isso tem se mostrado verdadeiro nas inovações lançadas pela subsidiária DeepMind desde então.
Um exemplo é o modelo de linguagem LaMDA. Trata-se da ferramenta que desenvolve o aprendizado de máquina e as respostas do chatbot, assim como é o GPT-3, que “alimenta” o ChatGPT.
O modelo é tão avançado que, em julho, chamou a atenção depois que o Google demitiu um engenheiro que disse que a IA era “senciente” – ou seja, tinha capacidade de sentir sensações e sentimentos de forma consciente.
O Google logo negou a afirmação, mas foi o suficiente para que surgissem especulações e até teorias da conspiração sobre o poder que essas máquinas poderiam ter sobre si mesmas e sobre os usuários.
À época, Pichai elogiou os recursos do chatbot e disse que é possível manter uma conversa com ele “não importa o assunto”.