Google considerou criar plataforma unificada de games para Windows e Mac
Na semana passada, veio a público um documento que mostrou alguns segredos do Google. O documento em questão faz parte de um processo movido pela Epic Games contra a gigante das buscas, e revelou, entre outras coisas, que a companhia considerava a desenvolvedora de Fortnite como uma ameaça que precisa ser reprimida. Agora, mais revelações estão surgindo conforme mais arquivos adicionais foram enviados ao tribunal. E, vejam só, mais segredos.
Uma das descobertas inclui uma apresentação sobre uma ideia confidencial que o Google planeja (ou ao menos tinha em mente em um passar próximo) para um pacote de jogos chamado “Games Future” (“Futuro dos Games”, na tradução livre). O projeto em questão compartilha muitas semelhanças ao que o Google Stadia tenta fazer no Chrome e Android, com a diferença que traria jogos nativamente também para os ecossistemas da Apple e Microsoft.
Segundo o The Verge, o Games Future foi apresentado internamente com a ideia de que o Google se tornaria uma empresa que também investiria pesado no mercado de jogos. Isso incluiria um plano de cinco anos para a criação da “maior plataforma de games do mundo”, na qual os desenvolvedores poderiam hospedar seus títulos tanto para PC quanto Mac, além de monitores inteligentes.
No geral, funcionaria como um serviço agregador de outras plataformas rodando na nuvem, permitindo que o jogador acessasse tudo por meio de um controle universal que pode ser emparelhado com qualquer dispositivo ou TV. Se isso lhe soa familiar, é exatamente assim que funciona o Google Stadia.
Também há evidências de que o Google está considerando trazer “jogos emulados, nativos e transmitidos” para Windows. Isso significa emular títulos e aplicativos Android diretamente no dispositivo e de forma nativa — isso já acontece, mas não em caráter oficial, apenas por meio de ferramentas de terceiros, como é o caso do Bluestacks. Esse recurso chegará ao Windows 11 no final de 2021 graça à Amazon App Store.
O documento completo do processo movido pela Epic Games tem 70 páginas e está disponível para leitura no Scribd. Há muitas partes interessantes que não foram editadas, incluindo os planos do Google para um sistema de torneios de esportes eletrônicos via satélite com ganchos no YouTube. Tem ainda mais detalhes sobre como o Google considerou se unir à companhia chinesa Tencent para comprar a Epic Games e evitar disputas na Play Store.