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Grande Muralha da China é protegida por uma ‘pele viva’, diz pesquisa
Em pé há mais de 2 mil anos, a resistência da Grande Muralha da China sempre intrigou os arqueólogos e cientistas. Agora, uma nova pesquisa parece indicar pistas do motivo dessa construção conseguir sobreviver por tanto tempo. De acordo com o estudo — publicado na revista Science Advances — uma biocrosta tem servido como uma espécie de “pele viva”, protegendo a estrutura da ação do tempo.
A Grande Muralha foi construída através da compressão de materiais naturais com solos. A pesquisa mostrou que comunidades de cianobactérias e musgo sobre a estrutura aumentam a estabilidade e melhoram a sua resistência à erosão.
“Biocrostas são comuns em todo o mundo em solos de regiões secas, mas normalmente não as procuramos em estruturas construídas pelo homem”, disse à CNN Matthew Bowker, coautor do estudo.
Como a pesquisa sobre a Muralha da China foi feita
Os cientistas coletaram amostras de oito seções diferentes da muralha cobertas por biocrostas. Em seguida, compararam com as propriedades físicas de áreas secas da muralha.
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Muralha da China está repleta de biocrostas. Imagem: Science Advances/Reprodução
Como resultado, eles descobriram que as seções cobertas por biocrosta tinham porosidade, capacidade de retenção de água, erodibilidade e salinidade reduzidas de 2% a 48%. Além disso, essas áreas tinham também mais 37% a 321% resistência à compressão, a penetração, ao cisalhamento (deformação) e estabilidade do agregado.
Apesar de já terem passado por guerras e os mais diversos acontecimentos no mundo, os cientistas alertam que o aquecimento global pode ser um risco à estrutura da muralha. Segundo a pesquisa, o aquecimento do planeta pode fazer com que essa “pele natural” morra.
“À medida que o clima fica mais quente ao longo da Grande Muralha, as crostas mais espessas e dominadas por musgo podem dar lugar a crostas mais finas de cianobactérias, que requerem menos água”, disse Bowker.
“A Grande Muralha é o centro cultural da civilização chinesa”, disse ele à CNN. “Devemos fazer o nosso melhor para protegê-la para as próximas gerações. Para nossos filhos, para nossos netos”, completou.