A Neuralink, empresa do bilionário Elon Musk que pesquisa implantes cerebrais, fez uma live nesta quarta-feira (20) para mostrar seu chip cerebral em ação. A transmissão, feita no X (antigo Twitter) teve pouco mais de 9 minutos, e trouxe o primeiro usuário do implante jogando xadrez apenas com o poder da mente. Spoiler: é tão impressionante quanto parece.
No início da noite, a transmissão já tinha 3 milhões de visualizações. Assista abaixo.
Além da demonstração, o vídeo é importante por trazer mais informações sobre a primeira pessoa a receber um implante cerebral da Neuralink. O homem se apresenta como Noland Arbaugh, diz que tem 29 anos e que ficou paraplégico oito anos atrás, após sofrer um acidente durante um mergulho. O episódio o fez perder o movimento e sensibilidade dos ombros para baixo.
Nolan ganhou o implante da Neuralink no final de janeiro, oito meses após a Neuralink receber autorização da (FDA), equivalente à Anvisa dos EUA. À época, a empresa recebeu apenas voluntários paralisia causada por lesão da medula ou ELA (esclerose lateral amiotrófica).
O que o vídeo mostra
Quem conduz o vídeo é Bliss Chapman, engenheiro da Neuralink. A partir de 1 minuto e 20 segundos, e possível ver Noland mexendo o cursor do mouse, marcado por um círculo branco na tela, enquanto disputa uma partida de xadrez online. O paciente menciona que jogar “era algo que ele não estava muito apto a fazer nos últimos anos. Até cheguei a usar um mouse stick [para mexer no computador], mas agora faço tudo com o cérebro”, diz. “É bem legal, não?”.
Noland também menciona que já se tornou intuitivo para ele imaginar a ação que ele gostaria de fazer com a mão direita e, então, executá-la. “É como usar a Força”, brinca, em uma referência aos poderes telecinéticos da saga “Star Wars”. Segundo o usuário, basta olhar para qualquer ponto da tela e o cursor irá se mover até onde ele deseja.
Além de jogar xadrez online, Noland também diz que conseguiu jogar, por 8 horas a fio, o game “Civilization VI”, título de estratégia bastante popular, usando apenas o cérebro. Ele pontua que a maior dificuldade tem sido parar de jogar para carregar o chip e poder usar de seus “poderes” novamente. “Eu tenho muita sorte de fazer parte disso”, completa.
Noland pontua, por fim, que o dispositivo ainda “não é perfeito. Não é o fim da jornada, ainda há muito a fazer”, mas agradece a Neuralink por “tornar isso uma realidade”.
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