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Huawei pune funcionários que enviaram tuíte de feliz ano novo usando um iPhone

A empresa chinesa de tecnologia Huawei enviou um tuíte no ano novo desejando a todos um feliz 2019. No entanto, alguns usuários do Twitter notaram que a mensagem foi enviada de um iPhone. Por que isto é importante? Bem, o iPhone é feito pela Apple, e agora há relatos de que os funcionários responsáveis pelo […]

Gizmodo

A empresa chinesa de tecnologia Huawei enviou um tuíte no ano novo desejando a todos um feliz 2019. No entanto, alguns usuários do Twitter notaram que a mensagem foi enviada de um iPhone. Por que isto é importante? Bem, o iPhone é feito pela Apple, e agora há relatos de que os funcionários responsáveis pelo tuíte foram punidos.

A Huawei enviou um memorando interno em 3 de janeiro que diz que o incidente “causou danos à marca da Huawei”, segundo a Reuters. Aparentemente, a equipe de mídias sociais, gerenciada pela empresa de relações públicas Sapient, passou pelo que foi descrito como “problemas de VPN” em computadores e teve de usar um smartphone para tuitar. O Twitter é bloqueado na China, então mesmo empresas grandes como a Huawei precisam de VPN para rotear o tráfico para algum país em que o Twitter opera normalmente.

A briga entre EUA e China não é só comercial, mas também tecnológica

O memorando explica que os funcionários responsáveis pelo problema foram rebaixados na hierarquia da empresa e que o salário mensal deles ficou afixado em US$ 720. Não ficou claro quanto esses funcionários ganhavam antes de serem punidos.

O Twitter permite saber se um post foi enviado via website ou app móvel, além de informar o tipo de dispositivo que se está usando. Previamente, apps como o Tweetdeck eram a única forma de saber a “origem” de um tuíte, mas na última atualização da versão móvel é possível saber qual foi a forma que a pessoa usou para enviar o post, como você pode ver na captura de tela abaixo.

O último mini-escândalo envolvendo a Huawei vem após vários outros escândalos grandes, que estão sendo impulsionados por uma Nova Guerra Fria, em que Rússia, China e Coreia do Norte estão de um lado, e Estados Unidos, Reino Unido e outros países do Ocidente, no outro.

A executiva da Huawei Meng Wanzhou foi presa no Canadá a pedido do governo dos Estados Unidos em 1º de dezembro de 2018, com acusações de que ela violou sanções contra o Irã. O governo chinês retaliou a ação prendendo pelo menos 13 canadenses (oito já foram liberados), e o Departamento de Estado dos EUA emitiu um alerta recente para que cidadãos norte-americanos tenham cuidado ao viajar para a China, pois existe chance de serem presos sem razão, como forma de retaliação pela prisão de Meng.

“Exercício de cautela aumentou na China em função da aplicação arbitrária de leis locais assim como restrições especiais para cidadãos com nacionalidade sino-americana”, diz o Departamento de Estado. “As autoridades chinesas deram vasta autoridade para proibir cidadãos dos Estados Unidos de deixarem a China ao usar ‘banimentos de saídas’, às vezes mantendo cidadãos dos Estados Unidos na China por anos.”

Algumas empresas chinesas ofereceram descontos para as pessoas que usam aparelhos da Huawei, e usar dispositivos feitos na China se tornou motivo de orgulho para algumas pessoas patriotas do país.

Não há sinal de que esta Nova Guerra Fria acabe logo, e o embate do presidente dos Estados Unidos numa guerra comercial com a China não está ajudando a resolver as coisas entre os países. Recentemente, o ritmo lento de venda de iPhones na China fez com que as ações da Apple tivessem grande baixa.

[Reuters via Mac Rumors]

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