_Ciência

Idade média para humanos terem filhos é aos 26,9 anos, mostra estudo

Pesquisa identificou que homens têm filhos mais tarde, aos 30,7 anos de idade, enquanto mulheres tornam-se mães mais cedo, aos 26

Idade média para humanos terem filhos é aos 26,9 anos, mostra estudo

Imagem: Vidar Nordli-Mathisen/Unsplash/Reprodução

Nos últimos 250 mil anos, o ser humano seguiu uma média de idade para ter filhos: 26,9 anos. É o que aponta um estudo da Universidade de Indiana, nos EUA, que identificou a linha evolutiva humana através de mutações de DNA.  

“Através de nosso estudo em humanos modernos, percebemos que poderíamos prever a idade em que as pessoas tiveram filhos a partir dos tipos de mutações de DNA que deixaram para seus filhos”, explicou o coautor Matthew Hahn.

A pesquisa aponta que o mais comum para os homens, ao longo da história, foi ter filhos aos 30,7 anos. Para as mulheres, é mais cedo: a maioria se tornava mãe aos 23,2 anos. Mas, segundo a pesquisa, a diferença de idade vem diminuindo nos últimos 5 mil anos: hoje as mães têm, em média, 26,4 anos. 

Segundo os pesquisadores, a idade dos pais não aumentou em comparação ao passado. Pelo contrário, há indícios de que eles passaram a ter filhos antes há 10 mil anos. Essa constatação se baseia no boom populacional que coincide com o surgimento das civilizações. 

O que as mutações mostram

O estudo identificou que o DNA herdado por crianças tem entre 25 e 75 novas mutações. Isso permite aos cientistas comparar os pais e os filhos e, assim, classificar quais mutações acontecem de uma geração para outra

“Essas mutações do passado se acumulam a cada geração e existem nos humanos hoje”, explicou o autor principal, Richard Wang. “Agora podemos identificá-las, ver as diferenças entre homens e mulheres e como elas agem em função da idade dos pais”.

Ao observar essas mutações, os pesquisadores perceberam um padrão: os tipos de mutações transmitidas aos bebês dependem das idades da mãe e do pai. “Nossos genomas, o DNA encontrado em cada uma de nossas células, oferecem uma espécie de manuscrito da história evolutiva humana”, explicou Wang. 

Sair da versão mobile