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Imposição do Oscar obriga Netflix a lançar filmes no cinema antes do streaming

Netflix estuda lançar filmes primeiramente no cinema e depois no streaming para se adequar ao novo modelo do Oscar 2023. Os filmes para servirem de teste já foram escolhidos

Netflix games

Imagem: Reprodução

A pressão do Oscar venceu. A Netflix já considera adotar o mesmo modelo de distribuição de filmes de outras plataformas de streaming ligadas a estúdios de Hollywood, como a HBO Max e o Disney+. Tudo para se adaptar às novas regras do Oscar 2023, que tirou do concurso filmes que só existam em streaming.

Segundo a Bloomberg, o serviço está conversando com grandes redes de cinemas na América do Norte sobre a possibilidade de lançar alguns de seus maiores filmes nas salas físicas, onde ficariam exclusivamente por 45 dias antes de entrar no catálogo.

Já foram escolhidos dois projetos para testar o novo modelo. A continuação de “Entre Facas e Segredos”, filme que foi dirigido por Rian Johnson, e também será o diretor desse novo capítulo. O outro projeto será  “Bardo”, nova obra do premiado Alejandro González Iñárritu.

O primeiro filme da franquia “Entre Facas e Segredos” foi um sucesso de bilheteria, arrecadando US$ 310 milhões de dólares no mundo todo. O filme também conquistou uma indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Original –levado por “Parasita”, de Bong Joon-Ho.

Esse modelo é semelhante ao de duas das suas maiores concorrentes, a Disney Plus e o HBO Max, que lançam suas produções antes no cinema e depois de um certo período lançam nas plataformas de streaming.  

No passado, a Netflix lançou alguns filmes em cinemas seletos pelos EUA, especialmente quando tinha ambição de levá-los até o Oscar. As produções da empresa que foram indicadas ao prêmio, “Não Olhe para Cima”, de Adam McKay, e “Ataques dos Cães”, de Jane Campion, tiveram pequenas exibições de duas semanas em salas de cinemas norte-americanas. Além deles, longas como “O Irlandês”, “Roma” e “Mank” também passaram pela mesma experiência. 

Distribuidores como AMC e Cineworld Group devem fechar acordos com a corporação para exibição em larga escala das produções. Mas só se a Netflix concordar em investir na divulgação dos títulos e promover ações publicitárias que incentivem os espectadores irem nas salas de cinema.

A Netflix também estuda a possibilidade de até o fim do ano lançar um plano de assinatura mais barato, mas que terá propagandas. Essas mudanças são reflexo da quantidade de cancelamentos de assinatura que a plataforma vem enfrentando, e pesquisas internas preveem mais cancelamentos. 

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