Técnica de impressão 3D consegue produzir órgãos humanos em apenas alguns minutos

O método é chamado de estereolitografia e utiliza hidrogéis, também empregados em lentes de contatos, fraldas e estruturas de tecidos.
Os pesquisadores também imprimiram em 3D um modelo de fígado humano que inclui uma rede vascular. Crédito: Universidade de Buffalo

A impressão 3D vem sendo utilizada das formas mais inusitadas possíveis, desde a fabricação de armas de fogo à criação de alimentos. Embora nem sempre ela seja utilizada de maneira positiva, como no caso das armas, um dos setores que têm se beneficiado da tecnologia é a medicina. Exemplo disso é uma técnica desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Buffalo que permite “imprimir” órgãos humanos em questão de minutos.

O método é chamado de estereolitografia e utiliza hidrogéis, um material com consistência gelatinosa e que é empregado na produção de lentes de contatos, fraldas e estruturas em engenharia de tecidos. Os pesquisadores do estudo recente inclusive se aproveitaram dessa última técnica e a otimizaram para acelerar o processo de impressão.

O uso de impressoras 3D para a produção de órgãos não é uma novidade em si. O caráter inovador da pesquisa é a capacidade de reduzir o tempo necessário para se obter o resultado final. Em um comunicado da universidade, Ruogang Zhao, coautor do artigo, afirmou que a nova tecnologia pode ser até 50 vezes mais rápida que os métodos tradicionais.

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Além do artigo, publicado na Advanced Healthcare Materials, a equipe divulgou um vídeo mostrando a técnica sendo aplicada para imprimir uma mão humana em 3D. O vídeo está em time-lapse e, por isso, tem apenas sete segundos. A duração real do processo foi de 19 minutos, o que ainda é um marco impressionante, considerando que os métodos tradicionais de impressão 3D levariam cerca de seis horas para produzir a mesma mão.

Por enquanto, o método ainda está em um estágio inicial, o que significa que pode demorar para que ele seja adotado em larga escala. Ainda assim, os pesquisadores já deram o primeiro passo e entraram com um pedido de patente da tecnologia, além de criarem a startup Float3D para comercializarem a solução. De acordo com o comunicado, essa biotecnologia “pode eventualmente salvar inúmeras vidas perdidas devido à escassez de órgãos de doadores”.

[Popular Mechanics]

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