Influência de Spielberg traz emoção a documentário da NASA em Marte

Empresa de Steven Spielberg, Anblin, é uma das executoras do documentário; produção mostra rover Opportunity nos 15 anos em missão da NASA. Saiba mais
Influência de Spielberg traz emoção a documentário da NASA em Marte
Imagem: Good Night Oppy/Anblin/Reprodução

A influência do cineasta Steven Spielberg deu novas cores a “Good Night Oppy”, o novo documentário da NASA sobre Marte. A produção relembra a jornada de 15 anos do rover Opportunity, robô que, originalmente, deveria desbravar o planeta vermelho por apenas 90 dias. 

Em entrevista ao site IndieWire, o diretor Ryan White classificou as notas de Spielberg como “únicas”. “Foi uma loucura”, disse White. “O mais importante que recebi foi [sobre] andar na corda bamba da emoção e não manipular muito o público. Suas anotações foram incrivelmente úteis para garantir que o público se apaixone pelo rover sem forçá-lo [a fazer isso]”. 

A empresa de Spielberg, Amblin, executou o projeto com a produtora Film 45 e buscou a participação da NASA. Ter o nome de Spielberg desempenhou um “grande papel” para que a agência espacial dos EUA aceitasse entrar na produção, revelou White. 

O enredo inclui entrevistas com cientistas da NASA, imagens exclusivas dos bastidores e a recriação da jornada do robô Oppy – apelido carinhoso de Opportunity –, que explorou quase 50 quilômetros da superfície de Marte entre 2003 e 2018. 

A produção, que tem estreia mundial prevista para o Festival Internacional de Cinema de Toronto, em 13 de setembro, apresenta uma perspectiva emocional da missão a Marte. A Amazon lança “Goog Night Oppy” em 4 de novembro, nos cinemas, e em 23 de novembro no Prime Video. 

O que esperar de “Good Night Oppy”

A equipe de filmagens reuniu quase 600 horas de imagens da missão. Por isso, podemos esperar renderizações impressionantes e realistas do planeta vizinho, adiantou White.

Emoção também é um componente importante. White conta que vamos conhecer a rotina e o crescimento de funcionários da NASA durante a missão, que passam a “viver” no tempo de Marte. “Acho que nenhum de nós esperava que cientistas e engenheiros fossem tão emocionais ou usassem seus corações com o rover”, riu White. 

Os efeitos especiais são um show à parte. O estúdio Industrial Light & Magic extraiu milhares de imagens da superfície de Marte, incluindo as tiradas por orbitadores do planeta – de início, tratados no documentário como personagens. 

Além disso, “Good Night Oppy” promete uma verdadeira imersão ao planeta vermelho. O designer de som Mark Mangini, que ganhou o Oscar por “Duna”, incorporou as gravações do vento marciano à paisagem sonora do filme. 

E as comparações com “Wall-E” foram (e talvez serão) inevitáveis. “Falamos muito sobre isso”, disse White. “Mas então lembramos: estamos fazendo um documentário, e não um filme da Pixar. A ciência e autenticidade foram importantes”, pontuou o diretor. 

“Good Night Oppy” acompanha um momento histórico na história espacial, com o lançamento da missão Artemis em missões à Lua e, mais tarde, a Marte. Esse background não está no filme – intencionalmente. “É mais sobre o que podemos aprender com aquele planeta e aplicar no nosso”, pontuou a produtora Jessia Hargrave. 

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Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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