Como a Inteligência Artificial vai equipar as casas dos idosos no futuro

No futuro, casas de idosos terão conexão ultra veloz para garantir o acesso a tecnologias de acompanhamento remoto e de saúde através de dispositivos
Como a Inteligência Artificial vai equipar as casas dos idosos no futuro
Imagem: Georg Arthur Pflueger/Unsplash/Reprodução

Se engana quem pensa que a relação dos idosos com a tecnologia ainda está restrita à inclusão digital: em um futuro próximo, a inteligência artificial dominará as casas e o atendimento daqueles que já chegaram na melhor idade. 

A busca de soluções tecnológicas para pessoas mais velhas já é, inclusive, uma importante oportunidade de mercado, como aponta o último relatório da plataforma The Gerontecnologist, lançado em 22 de dezembro. 

Isso acontece porque, segundo a criadora do site e gerontologista Kerem Etkin, o mundo nunca teve tantos idosos. Há quase 1 bilhão de pessoas com mais de 60 anos no planeta – muitas saudáveis, ativas e com renda. 

Ao mesmo tempo, a tecnologia nunca esteve tão presente para este público como agora. Adultos mais velhos recorrem à internet, smartphones, tablets, wearables, alto-falantes e smart TV para adaptar suas rotinas independentes à passagem do tempo. 

E as casas do futuro refletirão isso. Segundo o relatório, o acesso ao 5G e protocolo Matter deve tornar as casas verdadeiramente inteligentes em alguns anos. Isso porque a maioria das soluções tecnológicas que já existem dependem da internet de alta velocidade. 

“A ausência de conectividade sem fio à internet em casa é uma grande barreira para a adoção de qualquer tecnologia entre os adultos mais velhos”, explicou Etkin. 

Dispositivos inteligentes

Assim, a casa dos idosos no futuro terá acesso ampliado através de dispositivos domésticos e wearables capazes de acompanhar a rotina de idosos em tempo real em suas casas. “Hoje, configurar um novo dispositivo requer mais do que Wi-Fi”, disse Etkin. 

“Você precisa de um smartphone, um aplicativo e um e-mail para configurar uma conta, e saber onde exatamente esta o dispositivo em sua casa, etc. Para muitas pessoas, essa é uma barreira intransponível. Quando vê, os dispositivos acumulam poeira até que um familiar encontre tempo para instalá-los”. 

Uma conexão mais estável e rápida também é sinônimo de mais acesso à telemedicina e videochamadas, inclusive com empresas de aprendizado remoto e exercícios físicos online. 

Ao mesmo tempo, grandes empresas de tecnologia, como Amazon e Google, estão criando alto-falantes personalizados para atender às necessidades dos mais velhos. Entre os recursos estão volume mais alto para quem tem problema de audição e números de emergência.

Outra ferramenta é a inclusão de serviços como musicoterapia, que ajudam no tratamento de pessoas com Alzheimer. A demanda existe: até 2050, 20% dos habitantes do planeta – ou 2 bilhões de pessoas – terão mais de 60 anos. 

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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