Apple pode limitar tráfego de dados nos servidores do Google no iOS 14.5

Para ter mais controle sobre dados e privacidade no iOS 14, a Apple pode estar preparando uma atualização que diminuiria a atuação do Google.
Justin Sullivan (Getty Images)
Imagem: Justin Sullivan (Getty Images)

Se você usa regularmente o navegador Safari, da Apple, provavelmente está familiarizado com o alerta “Aviso de site fraudulento”, que avisa se a página que você está prestes a visitar pode apresentar alguma atividade suspeita que comprometa o seu dispositivo. O que você provavelmente não sabia é que, até agora, esse recurso de segurança dependia de um banco de dados do Google para funcionar.

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Mas isso está prestes a mudar: como parte dos recursos de privacidade que serão lançados em breve na próxima versão do iOS 14, parece que a Apple vai romper laços com o Google e lançar uma solução própria.

O MacRumors foi o primeiro a notar algumas imagens do beta do iOS 14.5 publicadas no Reddit que mostram claramente a Apple usando os próprios servidores como intermediário entre o seu iPhone e os bancos de dados do Google. Ao que tudo indica, qualquer tráfego da web no Safari faz uma parada em uma nova URL — “proxy.safebrowsing.apple” — antes de entrar no serviço do Google.

Essencialmente, o banco de dados “Navegação segura do Google” é uma lista de sites que são conhecidos por serem fraudulentos ou inseguros. Essa listagem é atualizada de forma constante pelo Google. Aplicativos que não são da gigante das buscas, como é o caso do Safari, podem se conectar aos servidores do Google e receber uma lista com ou sem prefixos desses sites fraudulentos. Ao fazer isso, qualquer clique executa um ping nos servidores do Google para checar se o endereço em questão corresponde a algum dos nomes inclusos na lista. Se a página for detectada, um aviso será exibido.

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O problema aqui é que o Google sempre foi dominante nesse quesito, e a Apple tem feito um esforço sólido para colocar a privacidade e a proteção de dados no centro das atualizações do iOS 14. Fazer ping nos servidores do Google dessa forma, especialmente se esses endereços mapearem grandes quantidades de dados, pode não expor muitas informações além do seu endereço IP e características menores, como os chamados “dados não identificáveis”. Em contrapartida, ainda são dados, e eles são enviados diretamente para o Google.

No início desta semana, o chefe de engenharia da Apple para WebKit confirmou que a tentativa da Apple de interceptar esse tráfego é uma forma de “limitar o risco de vazamento de informações”. Em outras palavras, é uma maneira de manter o Google longe de quaisquer dados do usuário, mesmo que seja por um motivo tão pequeno.

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