James Webb e Hubble a postos para registrar impacto de asteroide pelo DART

A espaçonave da NASA deve colidir com o satélite Dimorphos na próxima segunda-feira (26); entenda a missão teste de defesa planetária e como será fotografada
James Webb e Hubble a postos para registrar destruição de asteroide pelo DART
Imagem: ESA – Science Office/Wikimedia Commons/Reprodução

O dia 26 de setembro promete altas emoções para os cientistas da NASA. Na data, a espaçonave DART finalmente colidirá com Dimorphos, uma lua que orbita o asteroide Didymos. 

A missão Double Asteroid Redirection Test (Teste de redirecionamento de asteroide duplo, em português), foi lançada em novembro de 2021. Pode parecer filme de ficção científica, mas o projeto é realmente um teste de defesa planetária. 

Em resumo, os cientistas querem saber se temos tecnologia suficiente para bater em um asteroide e tirá-lo de sua órbita. Isso seria necessário, por exemplo, caso algum objeto extraterrestre estivesse em direção a Terra e pudesse exterminar nossa espécie, como ocorreu com os dinossauros. 

Momentos grandiosos como este merecem muita atenção. Por isso, o Telescópio Espacial James Webb (JWST), o Telescópio Espacial Hubble e a sonda Lucy voltarão seus instrumentos para o impacto

Vale lembrar que o próprio DART possui um cubesat chamado LICIACube em seu interior que enviará imagens da missão apenas três minutos após a batida. Mesmo assim, todo o esforço é válido para capturar o momento.

Mas não espere fotos esplendorosas. O James Webb, por exemplo, foi construído para observar objetos distantes no espaço e muito mais lentos. Além disso, os reajustes automáticos do telescópio podem fazer com que ele demore um pouco para capturar o momento, chegando um pouco atrasado. 

O Hubble também não será pontual, já que suas observações estão programadas para começar 15 minutos após o impacto. Enquanto isso, as câmeras da missão Lucy estarão capturando o empurrão em um ângulo diferente daquele visto da Terra.

Apesar de tantos holofotes, as imagens não significam grande coisa. Na verdade, basta aos cientistas medir a mudança na órbita de Dimorphos para determinar o sucesso da missão. De toda forma, vale esperar pelos cliques!

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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