Gregory Robinson é o nome do engenheiro líder da última fase do Telescópio Espacial James Webb. O lançamento do maior observatório espacial já feito, em julho, foi o último sucesso de sua carreira: 15 dias depois do telescópio começar a operar, ele se aposentou.
Robinson iniciou seu mandato à frente do programa Webb, da NASA, em 2018. Ele foi a pedra angular dos últimos anos da missão. Ao todo, o engenheiro liderou um programa com quase 20 mil pessoas em 29 estados norte-americanos e 14 países.
“Webb dará à humanidade uma nova visão do cosmos e vai alterar nossa compreensão do universo. Ao olharmos para o céu, sabemos que a liderança de Gregory tornou isso possível”, disse Bill Nelson, administrador da NASA, na publicação de aposentadoria.
A revista Time classificou Robinson como uma das cem pessoas mais influentes do mundo em 2022. Ele dirigiu o programa do James Webb na sede da NASA e buscou apoio com o Congresso dos EUA, agências espaciais europeias e canadenses e poderosos grupos da sociedade civil.
“Nossas equipes orbitam em torno de Greg, porque confiamos nele para fazer perguntas, entender preocupações e respeitar opiniões”, escreveu John Mather, astrofísico da NASA e vencedor do Nobel de Física de 2006.
Carreira brilhante
A trajetória de Robinson na NASA começou há 33 anos. Antes de ser líder do programa James Webb, o engenheiro era vice-administrador de programas na Diretoria de Missões Científicas. Ali, supervisionou 114 missões em várias fases de andamento.
Ele também integrou parte de um projeto de apoio à missão Artemis, que se prepara para decolar no final de outubro, e liderou um acordo entre EUA e Taiwan. O tratado possibilitou o desenvolvimento da missão Cosmic (Sistema de Observação da Constelação para Meteorologia, Ionosfera e Clima, na sigla em inglês).
De 2005 a 2013, foi engenheiro-chefe adjunto da NASA e liderou todas as missões de desenvolvimento de espaçonaves depois do acidente do ônibus espacial Columbia. Também é um dos pioneiros da Autoridade Técnica da NASA.
“Essa foi a carreira dos sonhos”, disse Robinson. “A NASA permite alcançar novos patamares para que possamos revelar o desconhecido em benefício de toda a humanidade”, pontuou Robinson.