Jogadores ligados ao Palmeiras denunciam golpe em criptomoedas; veja como foi

Lucros de investimentos em criptomoedas deveriam ter sido devolvidos para os jogadores Mayke e Gustavo Scarpa, ex-Palmeiras, ainda em 2022. Entenda o caso
Gustavo Scarpa - Imagem: Nottingham Forest/Instagram/Reprodução

Os jogadores Gustavo Scarpa, meia ex-Palmeiras e hoje no Nottingham Forest, e Mayke, lateral do Palmeiras, entraram na Justiça para tentar recuperar quase R$ 10,4 milhões em investimentos feitos em criptomoedas.

Segundo reportagem do site Globo Esporte, eles deveriam ter resgatado os valores investidos ainda no ano passado, mas não conseguiram sacar o montante.

Os atletas afirmam que fizeram os investimentos por indicação da empresa WLJC Gestão Financeira, de Willian Bigode, atacante jogou no Palmeiras até 2021 e hoje atua no Fluminense (RJ). 

No boletim de ocorrência, Scarpa afirma que investiu R$ 6,3 milhões na empresa chamada Xland Holding Ltda. Já Mayke afirma ter depositado R$ 4.083,00 milhões. A promessa, segundo eles, era de retorno de 3,5% a 5% ao mês. 

O que diz o processo

Os atletas movem ações judiciais contra três empresas. São elas, segundo informações aos quais a ESPN teve acesso: 

  • Xland: “Por não realizar o pagamento no prazo determinado no contrato e não fornecer qualquer notícia acerca do dinheiro investido, tampouco realizar os pagamentos e devolução do valor”
  • WLJC: “Por ter indicado os serviços e ainda atuar como parceira comercial atraiu a responsabilidade solidária e deve responder, igualitariamente, pelos danos causados”
  • Soluções Tecnologia Eireli: “Por ser a responsável pelo recebimento e transformação da moeda corrente para criptomoedas, age em parceria com a ré Xland e deve responder pela devolução e ressarcimento”

Segundo Scarpa, que está na Inglaterra, o prazo para a devolução do dinheiro era 19 de agosto de 2022, o que não ocorreu. Agora, ele pede a rescisão dos contratos e R$ 6,3 milhões investidos de volta. O processo corre na 10ª Vara Cível de São Paulo.

Mayke, por sua vez, também pede as rescisões contratuais e a devolução de mais de R$ 4,5 milhões. O dinheiro deveria ter entrado em caixa em 12 de outubro de 2022.

Na ação, instalada na 14ª Vara Cível da capital paulita, o lateral cobra a suposta rentabilidade referente ao período em que deixou o dinheiro investido na WLJC. 

A ESPN obteve informação de que os jogadores do Palmeiras não foram os únicos prejudicados nos supostos investimentos em criptomoedas. Há outro atletas que não receberam o dinheiro, mas que ainda não decidiram sobre a entrada na Justiça. Nenhum dos jogadores se manifestou publicamente sobre o processo. 

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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