Jogo com fins terapêuticos enriquece o criador -antes mesmo de ser lançado

A americana Akili Interactive ganhou fama há um ano e meio ao obter autorização para usar seu jogo para fins terapêuticos. Agora, ganhou um investimento pesado - e quer expandir sua atuação
Akili Interactive
Imagem: Divulgação/Reprodução Akili Interactive

A Akili Interactive, uma empresa de Boston, nos EUA, ganhou fama há um ano e meio ao conseguir licenciar um de seus jogos para fins terapêuticos. O movimento foi um avanço e tanto para que videogames ganhem aplicações médicas — um mercado que se mostra cada vez mais promissor.

Agora, a empresa anunciou que vai abrir o capital — ou seja, vender ações na bolsa — após chegar a um acordo de fusão com a Social Capital Suvretta Holdings Corp (SCS). Como a própria Akili Interactive explica, a empresa está avaliada em cerca de US$ 1 bilhão após o investimento. Seu objetivo é que a operação seja concluída ainda este ano. Terminada a fusão, a companhia passará a ser listada na bolsa Nasdaq — índice de empresas de tecnologia da bolsa americana. 

O principal produto da empresa é o jogo EndeavorRX. Em 2020, a FDA (equivalente à Anvisa dos Estados Unidos) reconheceu o game como um tratamento para o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Um estudo que testou 348 crianças com idades entre 8 e 12 anos por um mês descobriu que aqueles que usaram o jogo Akili tiveram melhorias significativas na atenção e no autocontrole. Com lançamento previsto para o segundo semestre de 2022, o EndeavorRX é o primeiro e único tratamento de videogame de prescrição com aprovação da FDA.

O vídeo abaixo detalha melhor a ideia.

Agora, a empresa já visa segmentos mais amplos, como crianças de três a sete anos, adolescentes e adultos. Além disso, mira em parcerias para estender o tratamento no Japão, bem como em criar jogos para tratar outros problemas, para além de TDAH.

“Deficiências cognitivas, incluindo falta de concentração, perda de memória, dificuldade em aprender novas habilidades e tomar decisões, estão entre as maiores necessidades médicas não atendidas, e são cada vez mais reconhecidas como associadas a dezenas de doenças crônicas e agudas”, diz a empresa.

A lista inclui de doenças que, na concepção da empresa, podem ser tratadas com a ajuda de games envolve transtornos como depressão, esclerose múltipla e transtorno do espectro autista, além de disfunção cognitiva pós-operatória e sequelas cerebrais da Covid-19. 

A Akili Interactive diz que seus jogos conseguem, usando estímulos seletivos, ativar os sistemas neurais envolvidos no controle da atenção. Segundo a empresa, seus jogos móveis interativos podem ser personalizados para atender as necessidades cada indivíduo.

Rayane Moura

Rayane Moura

Rayane Moura, 26 anos, jornalista que escreve sobre cultura e temas relacionados. Fã da Marvel, já passou pela KondZilla, além de ter textos publicados em vários veículos, como Folha de São Paulo, UOL, Revista AzMina, Ponte Jornalismo, entre outros. Gosta também de falar sobre questões sociais, e dar voz para aqueles que não tem

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