O retorno da fotografia analógica fez com que a Kodak anunciasse recentemente que continuaria a produzir filmes enquanto houvesse demanda.
O CEO da Kodak, Jim Contineza, reafirmou o compromisso da Kodak com o formato analógico, ressaltando que renovou o contrato de produção de filmes para 2028.
Outro fator que impulsiona a decisão da Kodak é o sucesso de “Oppenheimer”. A empresa fabricou o filme preto e branco de 70 mm para as câmeras IMAX e Panavision que o diretor Christopher Nolan utilizou no longa.
Em 2020, a Kodak afirmou que a demanda por filmes duplicou entre 2015 e 2019, após uma década de declínio devido à fotografia digital.
No ano passado, a empresa contratou dezenas de técnicos para lidar com a demanda crescente. Também no ano passado, a Kodak lançou o seu filme negativo Gold 200 como uma alternativa mais barata para fotográfos.
Kodak poderia ter outro destino
Em 2012, a Kodak, a maior fabricante de filme fotográfico, anunciou sua falência, o que representou o fim da fotografia analógica.
Até um pouco antes daquele período, a Kodak dominou o mundo da fotografia e dos filmes por mais de 100 anos, monopólio similar ao que vemos hoje em empresas como Google, Amazon, Facebook e Apple.
Aliás, durante o processo de recuperação judicial, em 2013, a Kodak vendeu muitas de suas patentes para um grupo de empresas que incluíam, além das mencionadas acima, Microsoft, Samsung, Adobe e HTC.
Por esse motivo, não encontramos mais câmeras da Kodak, e um acordo com o governo britânico, a Kodak se reorganizou em uma nova empresa, a Kodak Alaris, que continua a vender os filmes fotográficos.
Mas a Kodak conseguiu crescer novamente graças à mudança de formatos de produção. Possivelmente, se a tendência atual por fotos analógicas tivesse surgido há 10 anos, a Kodak não teria esse grande problema.