Um dragão-d’água-chinês fêmea recém-nascido surpreendeu cientistas do Zoológico Nacional do Smithsonian, nos EUA. O motivo? O filhote eclodiu de um ovo sem que sua mãe nunca estivesse copulado com um lagarto macho da espécie. Esse fenômeno de reprodução assexuada recebe o nome de partenogênese, palavra grega para “criação virgem”.
A partenogênese aparece em diversos organismos, desde plantas até pássaros. Quando ela ocorre, a fêmea é capaz de produzir ovos contendo todo o material genético necessário para a reprodução. Ou seja, ela não precisa de machos da espécie para ter filhos. Em mamíferos, por exemplo, são necessários alguns genes provenientes do esperma para que haja a reprodução.
O dragão-d’água-chinês, assim como outros animais, pode se reproduzir sexualmente e também por partenogênese. Quando ocorre do ser vivo se reproduzir de ambas as maneiras, a partenogênese é classificada como “espontânea”.
Crustáceos e lagartos, por outro lado, se reproduzem exclusivamente de maneira assexuada, sendo a partenogênese considerada “obrigatória”.
A partenogênese espontânea, como ocorreu com este lagarto, pode ocorrer em ciclos ocasionais e parece ser passada para os descendentes de forma hereditária.
Os pesquisadores ainda não sabem explicar quais eventos levam os animais que se reproduzem sexualmente a gerar descendentes sem a necessidade de parceiros. O que sugerem, no entanto, é a influência das mudanças ambientais.
Há algumas vantagens na reprodução assexuada. A principal delas para as fêmeas que se reproduzem de ambas as maneiras é que elas podem gerar seus próprios parceiros de acasalamento, gerando descendentes. Autossuficiência que chama, né?