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Lava de vulcão espanhol agora ameaça engolir igreja histórica

Nova atividade do vulcão Cumbre Vieja acelerou o fluxo da lava e fez cidade de La Laguna ser evacuada

Imagem: Luismi Ortiz/Spanish Military Unit (UME)

Em nova atividade nesta semana, o vulcão de La Palma volta a ameaçar prédios e plantações nas Ilhas Canárias, na Espanha. Entre os imóveis que correm risco de desaparecer com forte enxurrada de lavas, está uma igreja histórica de La Laguna.

Um fato inusitado é que a igreja de San Isidro foi curiosamente construída com pedras retiradas de outro vulcão. Agora, um “tsunami”’ de lava ameaça engolir a catedral.

Quando parecia que o vulcão teria uma estabilidade, novos tubos de lava do vulcão Cumbre Vieja apareceram, criando uma segunda “fonte” na ilha espanhola de La Palma. Ou seja, agora a lava sai por dois lados do vulcão e vai para sentidos diferentes.

Esse segundo derramamento começou a despejar lava derretida colina abaixo na segunda-feira (29), segundo informações do Instituto de Vulcanologia das Ilhas Canárias.

Cidade evacuada

A pequena cidade de La Laguna, que fica mais abaixo na montanha do lado oeste da ilha, próxima à costa da África, parece ser o próximo destino dessa enxurrada de fogo. Em apenas um dia a lava parece ter ganhado força para se tornar um novo “riacho” do vulcão, de acordo com especialistas, a nova onda de energia está totalmente concentrada na cratera secundária.

Por precaução, toda a população já foi retirada do local, mas ainda há motivo de preocupação e certa tristeza por parte dos moradores, que estão com os olhos voltados para saber se a lava chegará à igreja local, que pode ser devastada muito em breve.

Isso porque a catedral está muito perto do maior fluxo da erupção, que avança em direção ao Oceano Atlântico, segundo um mapa divulgado nesta terça-feira (30) pelo comitê de crise de vulcões do governo das Ilhas Canárias.

As atividades vulcânicas começaram em 19 de setembro e não pararam desde então. Os fluxos de lava danificaram parcial ou totalmente cerca de 2.860 propriedades em toda a ilha e queimaram cerca de 1.147 hectares de terra, de acordo com imagens de satélite divulgadas pelo Serviço de Gerenciamento de Emergências Copernicus.

 

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