Agora é oficial: a LG vai mesmo incluir um webOS aberto em sua linha 2014 de smart TVs. Isto inclui desde os modelos de 55 e 77 polegadas e tela curva OLED até a monstruosa de 105 polegadas que nunca vai conseguir passar pela porta da sua casa.
No total, a LG planeja embarcar o sistema operacional em 78% de seus televisores já no próximo ano. O webOS, que é baseado em Linux, começou como um sistema operacional de smartphones desenvolvido pela Palm em 2009. A empresa colocou seu sistema nos aparelhos Pre, Pixi e Veer, mas dada a recepção pouco entusiasmada dos consumidores a estes modelos, a Palm empurrou a plataforma para a HP. A Hewlett-Packard, por sua vez, tentou colocar o sistema no seu mal sucedido HP TouchPad mas, em 2012, também abandonou o webOS e o lançou na internet como um sistema operacional de código aberto. A LG, então, adquiriu a plataforma, na esperança de usá-la como um sistema de smart TVs, anunciando suas telas curvas de 4K com webOS como as “primeiras smart TVs a oferecer compatibilidade com aplicações baseadas em padrões HTML”.
Devido à compatibilidade com outras tecnologias de código aberto como Linux, Node.js, QT, Open GL/ES, webKit e Connman, a LG espera criar uma experiência de ver TV mais intuitiva e customizável. De acordo com o comunicado da LG,
O novo Launcher, um menu horizontal rolável que fica na parte de baixo da tela, é uma das características mais distintas do webOS. O Launcher torna possível mudar de TV aberta para conteúdo da smart TV e para mídias armazenadas em dispositivos externos sem ter que voltar para a tela inicial. Isso permite que o espectador possa simultaneamente assistir a um programa, jogar um jogo ou navegar na internet enquanto procura ou baixa outro conteúdo. Além disso, o Live Menu, que pode ser aberto enquanto se vê TV, mantém sempre ao alcance a busca, as recomendações e a opção do canal.
O que, na verdade, se parece muito com o que a maioria das smart TVs faz hoje. Entretanto, a flexibilidade do código aberto do webOS deve permitir que os desenvolvedores criem programas para a plataforma mais facilmente e com mais recursos. A questão agora é: os consumidores irão realmente preferir uma TV que tenta ser uma estação de comunicações ou ela vai continuar sendo uma segunda tela em relação aos computadores?