Na última segunda-feira (3), Linus Torvalds – o criador do Linux – anunciou o lançamento de uma nova versão do kernel do sistema operacional de código aberto.
No geral, o Linux 6.0 não trouxe grandes novidades. Porém, ele chega com algumas mudanças pontuais e importantes voltadas para a área hardware, incluindo o suporte para processadores mais modernos da Intel e AMD.
Entre os chips com suporte estão os processadores de servidor Xeon de quarta geração, e os chips Raptor Lake e Meteor Lake de 13ª geração; do Ryzen Ice Ripper e EPYC; bem como o Qualcomm Snapdragon 8cx Gen 3.
Testes de benchmark devem ser divulgados nas próximas semanas, mas a promessa é que o novo kernel ofereça melhorias de performance, principalmente em tarefas que exigem altíssimo desempenho. Contudo, o site Ars Technica já antecipou que os usuários médios de PCs não devem sentir grandes incrementos em desempenho.
Além do suporte aos novos chips, o novo kernel traz drivers de áudio para vários sistemas AMD mais recentes, melhorias no gerenciamento de energia, suporte para compressão de vídeos codificado em H.265, entre outros.
Por outro lado, o Linux 6.0 ainda ficou devendo novos códigos Rust, mas, provavelmente, eles estarão disponíveis a partir da versão 6.1. O Rust é uma linguagem compilada de alto desempenho projetada para programação de sistemas e que é patrocinada pelo projeto Mozilla.
Apesar da onipresença e do alto desempenho das linguagens C – estando presente no Linux há 31 anos – é esperado que sejam incluídos códigos Rust para agilizar o desenvolvimento do kernel e reduzir o tempo gasto na depuração.
O Linux 6.0 é parte integrante de sistemas operacionais como Debian, Ubuntu ou Mint. O novo kernel deve ser disponibilizado conforme os desenvolvedores liberem novas atualizações desses sistemas.