Longe de James Bond, Daniel Craig ganha força para faturar seu 1º Oscar
Intérprete do icônico James Bond, o ator britânico Daniel Craig nunca recebeu uma indicação ao Oscar. Agora, o mais novo personagem do ator, William Lee, em “Queer”, de Luca Guadagnino (“Rivais”), pode mudar tudo. O longa-metragem da A24 estreou na última segunda-feira (9) no Festival Internacional de Cinema de Toronto, no Canadá.
Baseado no romance de mesmo nome de William S. Burroughs, de 1985, “Queer” segue Lee (Craig), um norte-americano expatriado, gay e viciado em drogas, que vive uma vida de quase isolamento, exceto por breves encontros com um pequeno grupo de conhecidos. Ao conhecer Eugene Allerton (Starkey), um jovem estudante novo na cidade, ele acredita que pode finalmente ser capaz de formar uma conexão significativa e íntima com alguém.
Avaliado pela Variety como um dos melhores trabalhos de Daniel Craig até hoje, a expectativa é de que Lee possa levar o artista à disputa pelo Oscar de Melhor Ator. Um dos motivos é porque, como destacou a revista, atores (supostamente) heterossexuais e cisgêneros têm um histórico de ganhar estatuetas do Oscar por personagens LGBT+.
De mais de 80 indicações do tipo, pelo menos 15 venceram. No caso de atores principais, a lista inclui Tom Hanks em “Filadélfia” e Rami Malek em “Bohemian Rhapsody”, por exemplo. Além disso, o papel complexo no filme de Guadagnino é considerado digno de, ao menos, uma indicação.
As chances de “Queer”, com Daniel Craig, no Oscar
Entre os coadjuvantes, outros membros do elenco que têm chances são Jason Schwartzman, irreconhecível como Joe, amigo de Lee. E, por outro lado, Drew Starkey como Eugene, embora se destaque menos no papel do quieto personagem. Já Lesley Manville, a ousada Dra. Cotter, pode conseguir mais uma indicação os prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante.
A cinematografia de Sayombhu Mukdeeprom também pode chamar a atenção da academia do Oscar, assim como o design de produção de Stefano Baisi e Lisa Scoppa e a trilha sonora de Trent Reznor e Atticus Ross, que conta com uma música original.
Por fim, vale lembrar que o próprio diretor, Guadagnino, não teve sorte com a premiação até agora, nem mesmo com um de seus maiores sucessos até então, “Me Chame Pelo Seu Nome”.