Luiz Schiavon, co-fundador do RPM, morre aos 64 anos; relembre a carreira

Em novembro de 2022, Schiavon retornou aos palcos com o RPM após 18 meses de afastamento por questões de saúde em uma apresentação na cidade de São Carlos; relembre a carreira dele
luiz schiavon rpm
Imagem: Divulgação

O rock brasileiro dos anos 80 está de luto. Morreu nesta quinta-feira (15) o tecladista e fundador da banda RPM, Luiz Schiavon, aos 64 anos. O músico teve complicações em uma cirurgia de tratamento contra uma doença autoimune que vinha tratando há quatro anos. A família divulgou a informação nas redes sociais.

Segundo a publicação, a cerimônia de despedida será reservada aos familiares e amigos próximos ao artista.

“Esperamos que lembrem-se dele com a maestria e a energia da sua música, um legado que ele nos deixou de presente e que continuará vivo em nossos corações”, diz o texto.

Em novembro de 2022, Schiavon retornou aos palcos com o RPM após 18 meses de afastamento (vídeo logo abaixo) por questões de saúde. Ele se apresentou em São Carlos, interior de São Paulo, em comemoração ao aniversário da cidade. O músico participou de uma performance acústica de “London London” e tocou teclado nos sucessos do RPM “Rádio Pirata” e “Olhar 43”.

 

Luiz Schiavon, RPM e Paulo Ricardo

A banda de rock RPM surgiu em 1983, com Paulo Ricardo no vocais e no baixo, Fernando Deluqui na guitarra, e Luiz Schiavon nos teclados, na formação inicial. O tecladista conheceu Paulo aos 16 anos, quando formaram o “Aura”, antes de a dupla fundar o RPM. Com o sucesso, Luiz Schiavon chegou a criar trilha sonoras para novelas da Globo, como “Rei do Gado”. Além disso, também comandou a banda do programa “Domingão do Faustão”.

Mas divergências entre o RPM levaram a seu fim em mais de uma ocasião. De 1987 até hoje, foram quatro pausas até o retorno definitivo, em 2011. Desde 2017, o vocalista Paulo Ricardo segue carreira solo. Em 2021, chegou a enfrentar um processo em relação ao uso no nome do grupo que o proibia de cantar as músicas da banda.

“O que aconteceu foi que cada um de nós se sentiu muito seguro. Nosso ex-baterista P. A. resolveu cantar. Luiz Schiavon queria levar para um lado techno, com uma música menos natural e rock. Eu e Nando queríamos guitarras, e o Schiavon queria algo mais frio. Aí aconteceu um racha”, explicou Paulo Ricardo em entrevista, anos atrás (via O Globo).

A formação mais recente do RPM contava com Schiavon no teclado, Fernando Deluqui na guitarra e no vocal de apoio, Dioy Pallone no vocal e no baixo e Kiko Zara na bateria e no vocal de apoio. O ex-baterista Paulo Antônio, P.A., morreu em 2019, aos 61, devido ao agravamento de uma pneumonia. O último lançamento do grupo foi “Sem Parar”, em março.

Banda RPM

Dioy Pallone, Luiz Schiavon, Paulo Pagni e Fernando Deluqui. Imagem: Divulgação

Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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