Tina Turner, ícone feminino e rainha do rock, morre aos 83 anos

Assessor confirmou que a cantora morreu em sua casa na Suíça, de uma doença não revelada. Relembre sua carreira e sua ligação com o Brasil
Tina Turner, ícone feminino e rainha do rock, morre aos 83 anos
Imagem: Tina Turner Website/Reprodução

A cantora americana Tina Turner morreu nesta quarta-feira (24), aos 83 anos. Um assessor da artista confirmou a informação ao site Sky News

Segundo o representante, a mulher que se consagrou como a “rainha do rock’n roll” morreu “pacificamente após uma longa doença em sua casa em Küsnacht, perto de Zurique, na Suíça”. Ainda não há informações sobre o velório ou se haverá translado do corpo para os EUA.

Tina Turner é o nome artístico de Anna Mae Bullock, ícone feminino que se notabilizou pela voz vibrante e a história de superação. Ao longo da carreira, vendeu quase 200 milhões de discos e ganhou 12 Grammys.

Ela nasceu em uma comunidade agrícola pobre e, aos 15 anos, foi abandonada pela família. Por causa disso, passou a cantar em boates para se sustentar.

Turner começou a carreira na década de 1950, nos primórdios do rock, e logo se tornou um  fenômeno na televisão e rádios dos EUA. Mais tarde, fez sucesso ao lado do ex-marido Ike Turner, que morreu de overdose em 2007. 

O casal se divorciou em 1987, depois de Tina revelar que sofria abusos físicos e psicológicos do companheiro. A nova virada em sua vida aconteceu na década de 1980, quando se lançou em uma bem produzida carreira solo e deslanchou em inúmeros hits.

São dessa fase sucessos como “Let’s Stay Together” e “What’s Love Got to Do with It” , do consagrado álbum “Private Dancer” (1984). Depois vieram “We Don’t Need Another Hero” (da trilha de “Mad Max 3”, de 1985) e “The Best” (álbum “Foreign Affair, de 1989).

Assista ao clipe de “Let’s Stay Together”:

 

Tina Turner e o Brasil 

Na década de 1980, o sucesso de Tina Turner estava tão grande que a novela “Cambalacho”, da Rede Globo, criou uma personagem inspirada na artista: Tina Pepper, interpretada pela atriz Regina Casé. Relembre um trecho:

Em um show na Austrália em 1993, a cantora homenageou Ayrton Senna, que havia ganhado o Grande Prêmio da Austrália no fim de semana, em sua despedida da equipe McLaren. O piloto de F-1 estava na plateia acompanhando a apresentação. 

Na ocasião, Senna subiu ao palco e foi abraçado por Turner. “Eu sou uma fã, uma grande fã”, disse ela, sob aplausos da plateia. “O melhor, o melhor!”, exclamou antes de voltar a cantar “The Best”. Assista: 

Em 1985, o longa “Mad Max 3 – Além da Cúpula do Trovão” rendeu a Tina Turner um Globo de Ouro pela Melhor Canção Original. No filme, ela atuou como atriz e fez o papel de Auntie Entity, contracenando com Mel Gibson. Assista sua interpretação da canção: 

Exposição em São Paulo 

A morte da cantora nesta quarta-feira (25) coincidiu com a primeira exposição da artista no Brasil. A mostra “Tina Turner: uma viagem para o futuro” reúne fotografias históricas e conteúdos audiovisuais sobre o início da carreira da rainha do rock no Museu da Imagem e do Som (MIS).

Ao todo são cerca de 120 imagens do acervo da The Music Photo Gallery, feitas por fotógrafos que registraram a revolução musical e cultural das décadas de 1960 e 1990 nos EUA. 

A exposição se divide em quatro temas centrais: a carreira musical, o poder feminino de superação, sua marcante participação no cinema e seu estilo único nos figurinos e penteados. 

Serviço

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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