Made in Brazil Eram os deuses astronautas?

Um mês antes de eu entrar aqui no Giz, fiz uma reportagem pra Superinteressante sobre a busca de vida fora da Terra. Nos concentramos na parte científica e no que já existe de concreto: astrobiologia, missão Phoenix, SETI e tudo o mais. Mas o campo de estudo menos hard science e mais divertido da história ficou de fora da reportagem final. Sim, a "ufologia", que estuda a Área 51, Varginha e fez uma contribuição fantástica ao universo sci-fi. E esses dias, motivado pelos geniais posts dos nossos amigos do Gizmodo americano, resolvi ver o que eu tinha de material não-publicado sobre o assunto. E aqui vai um artiguinho sobre o atual estado da ufologia, baseado na entrevista com AJ Gevaerd, editor da revista UFO, das minhas leituras preferidas na adolescência.

Um mês antes de eu entrar aqui no Giz, fiz uma reportagem pra Superinteressante sobre a busca de vida fora da Terra. Nos concentramos na parte científica e no que já existe de concreto: astrobiologia, missão Phoenix, SETI e tudo o mais. Mas o campo de estudo menos hard science e mais divertido da história ficou de fora da reportagem final. Sim, a "ufologia", que estuda a Área 51, Varginha e fez uma contribuição fantástica ao universo sci-fi. E esses dias, motivado pelos geniais posts dos nossos amigos do Gizmodo americano, resolvi ver o que eu tinha de material não-publicado sobre o assunto. E aqui vai um artiguinho sobre o atual estado da ufologia, baseado na entrevista com AJ Gevaerd, editor da revista UFO, das minhas leituras preferidas na adolescência.

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“As naves estão vindo aqui no nosso quintal. Você vai gastar uma fortuna, e uma enorme quantidade de tempo para ouvir estrelas? É uma coisa contraditaria”, diz o químico AJ Gevaerd, editor da revista UFO e estudioso de objetos voadores não identificados há 25 anos. Ele acha que é importante procurar vida fora da Terra como estamos fazendo, mas os cientistas poderiam gastar mais tempo investigando os relatos de avistamentos de possíveis discos-voadores e de contatos com seres alienígenas, que pipocam pelo mundo desde o fim da Segunda Guerra Mundial, com o famoso caso Roswell, de 1947. 

No fim de 2007, um dos mais espantosos vídeos de discos-voadores foi divulgado e teve mais de 8 milhões de visitas no Youtube: em poucos segundos, era possível ver dezenas de naves alienígenas, algumas em detalhe, sobrevoando o Haiti. “Foi o maior fenômeno na ufologia nos últimos 10 anos. Mas era uma fraude deliberada. Essas coisas, ao mesmo tempo populariza a ufologia, esculhamba”, acredita Gevaerd. Desmascarar fraudes agora é um dos principais trabalhos dos ufólogos: a facilidade em fabricar e divulgar vídeos torna difícil separar o que é puramente fabricado do que é apenas inexplicável.

Apesar das fraudes e da falta do interesse da comunidade científica pelo fenômeno, a crença nos discos-voadores ainda é grande entre a população: a última grande pesquisa feita nos EUA pela Fox News, em 1994, revelou que  um terço dos americanos acreditam que os aliens já nos visitaram. O silêncio de alguns governos sobre fenômenos e a demora na liberação de documentos secretos que conteriam informações sobre atividade extraterrestre alimenta a crença das pessoas e a sede dos ufólogos. No Brasil, a campanha UFOs: Liberdade de Informação já  pede esclarecimentos sobre alguns eventos famosos, especialmente o incidente em Varginha, em 1996, onde segundo testemunhas uma criatura teria sido capturada pelo Exército e mantida em cativeiro, viva, por quase 1 mês. Mas enquanto as forças militares dos EUA e Brasil estariam escondendo informação, os governos de Espanha, França, Portugal, Chile e Peru, para citar alguns países, criaram grupos dentro das forças armadas dedicadas a investigar os Ovnis.
 

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