Nos últimos anos, a preocupação global com a poluição plástica nos oceanos tem crescido exponencialmente. Um aspecto muitas vezes negligenciado desse problema é a contribuição significativa dos rios para a disseminação desse material prejudicial aos ecossistemas marinhos.
Atualmente, estima-se que os oceanos do mundo possuem cerca de 171 trilhões de partículas de plástico que, se reunidas, pesariam cerca de 2,3 milhões de toneladas.
Uma investigação feita em 2017 por pesquisadores da Alemanha revela que uma parcela substancial do plástico encontrado nos oceanos tem origem nos rios ao redor do mundo.
Os pesquisadores elaboraram uma lista dos 10 rios que mais levam poluentes para o mar. Todos eles estão situados na África e Ásia. São eles:
Yangtze (Chang Jiang)
Indo
Rio Amarelo (Huang He)
Hai
Nilo
Meghna, Bramaputra, Ganges
Rio das Pérolas (Zhujiang)
Amur
Níger
Mekong
Desta lista, o portal Brilliant Maps elaborou um mapa mostrando onde estão esses rios.
Gráfico mostra os 10 rios que mais poluem os oceanos. Imagem: Brilliant Maps/Reprodução
Papel dos rios na disseminação da poluição
Os rios — que servem como vias naturais de transporte — desempenham um papel crucial na disseminação de resíduos plásticos. Esses plásticos descartados inadequadamente nas margens dos rios ou em suas imediações são levados pela correnteza, alcançando finalmente os oceanos. A magnitude desse problema é alarmante, com milhões de toneladas de plástico poluindo os mares anualmente.
A falta de infraestrutura adequada para o gerenciamento de resíduos em muitas regiões contribui para esse fenômeno. Por outro lado, comunidades ribeirinhas frequentemente enfrentam desafios na coleta e no descarte responsável do plástico, o que amplifica o impacto negativo nos ecossistemas marinhos.
Por isso, os pesquisares reforçam a urgência de implementar soluções sustentáveis para a gestão de resíduos em áreas próximas a rios.
Além disso, a conscientização pública sobre a relação entre os rios e a poluição plástica nos oceanos é fundamental. Por isso, educar as comunidades sobre práticas de descarte responsável, promover a reciclagem e pressionar por políticas ambientais mais rigorosas são passos cruciais para mitigar essa crise.
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