Mapa interativo dos mosquitos prevê nº de insetos no Brasil; confira sua cidade
Um mapa interativo lançado na segunda-feira (13) indica a quantidade de mosquitos em cada uma das cidades e regiões do Brasil. Desenvolvida com a arquitetura do Google Cloud, a plataforma começou a ser testada no ano passado nos EUA.
O serviço cruza informações do clima, biologia e meio ambiente a partir de tecnologias geoespaciais e análise de dados. A partir disso, gera um mapa de calor da atividade dos insetos para os próximos sete dias. Os marcadores de presença se dividem em grave, muito alta, alta, média ou baixa.
As informações vêm do Google Earth Engine, plataforma de monitoramento via satélite que usa dados em tempo real. Esse sistema extrai bilhões de dados de pontos climáticos individuais.
A partir disso, um algoritmo científico da SC Johnson, fabricante dos repelentes Off!, que desenvolveu o recurso, traduz os dados meteorológicos em informações sobre mosquitos. Eles são cruzados com noções sobre o ciclo de vida e ambientes ideais de reprodução desses insetos, por exemplo.
Por fim, o mapa reúne todas as informações e transforma em uma previsão da população de mosquitos para os próximos dias a partir dos marcadores.
“Ao aplicar dados da ciência da biologia do mosquito, o mapa prevê com precisão o comportamento e as populações de mosquitos em localizações geográficas específicas”, disse a SC Johnson, ao Tilt UOL.
O serviço já está disponível tanto nas versões para desktop quanto para mobile. Para acessar, clique aqui.
Mapa pode ajudar a prevenir doenças
Monitorar a incidência de mosquitos localmente ajuda a combater doenças virais, como a dengue, zika vírus, malária e chikungunya. Como esses insetos são os principais vetores, a chance de contrair é maior quando a população de mosquitos está mais ativa em determinada região.
Só em 2022, o Brasil registrou 1.016 mortes por dengue – o maior número desde a década de 1980, quando a doença passou a ser mais frequente e com ciclos mais intensos no país. Até então, o ano mais mortal tinha sido 2015, com 986 óbitos pela doença.
O ano passado registrou mais de 1,45 milhão de casos prováveis de contágios de dengue pelo Aedes aegypti, número 162,5% maior na comparação com 2021, que terminou com 544 mil infectados.