As mudanças climáticas alteram os níveis de chuva em todo o globo. O efeito estufa faz com que mais umidade seja puxada durante o ciclo da água, o que gera mais eventos de precipitação que, algumas vezes, ficam retidos em determinados locais.
Como consequência, ocorrem as inundações, que destroem moradias, criam ambientes propícios para a proliferação de doenças e podem até mesmo levar matar pessoas. Um novo estudo publicado na revista Naturemostra quais são os países que correm maiores riscos de cheias.
De acordo com os pesquisadores do Banco Mundial, os países de baixa e média renda abrigam 89% das pessoas expostas a inundações do mundo. De 170 milhões de pessoas que enfrentam alto risco de cheias e pobreza extrema – vivendo com menos de US$ 1,90 por dia –, 44% estão na África Subsaariana. Ainda que não associemos o continente africano a chuvas em excesso, certas regiões vêm sendo devastadas por inundações nos últimos anos.
Porém, dentro de um panorama geral, os Países Baixos estão no topo das nações do mundo que mais correm perigo. Mais de metade de sua população (59%) está em risco devido a inundações. Bangladesh vem logo atrás, com 58%, seguido por Vietnã (46%), Egito (41%) e Mianmar (40%).
Mas o Sudeste Asiático como um todo corre ainda mais perigo. A região sozinha representa mais de dois terços da população global exposta ao risco de inundação, com 1,24 bilhão de pessoas vulneráveis.
Além dos riscos relacionados à vida, as mudanças climáticas geram ainda consequências econômicas. Estima-se que, apenas no último ano, US$ 224,2 bilhões em todo o mundo tenham sido perdidos como resultado de secas, inundações e tempestades. Até 2050, é esperado que o risco hídrico consuma até US$ 5,6 trilhões do PIB global, sendo as inundações responsáveis diretas por 36% do valor.
Os dados foram transformados em gráfico pela Elements e publicado na Visual Capitalist. Acesse aqui.
Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.
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