Mapa rastreia as maiores geleiras do mundo; veja onde estão
Um mapa criado pelo Centro Nacional de Dados da Neve e Gelo dos EUA (NSIDC, na sigla em inglês) mostrou onde estão as maiores geleiras do mundo. O mapa classifica as geleiras como massas de gelo flutuantes e duradouras.
Segundo o levantamento, publicado na revista Scientific American, o topo da lista ficou com a geleira Seller, a oeste da Península Antártica. Com tamanho bem definido, o bloco de gelo chega a 42,6 km de comprimento e 7,4 km de largura. Ao todo, são 7.018 km².
O segundo lugar pertence à geleira Thurston, com 28 km de comprimento e 5.261 km². Para encerrar o pódio vem a geleira da Ilha Alexsander, com 4.766 km². As três maiores geleiras do mundo estão localizadas no Pólo Sul.
O maior complexo de geleiras também fica ao sul: é a Península Antártica, com quase 81.000 km² e quase 1,5 mil geleiras. Depois vem o complexo Malaspina-Seward, no Alasca, que cobre quase 30.000 km² e o Severny, no Ártico russo, com pouco mais de 20.000 km².
No Pólo Norte, as maiores geleiras têm até 3.000 km². São elas: geleira Malaspina-Seward (Alasca), Wykeham (no Canadá, Sul do Ártico) e Bering (Alasca). Fora das regiões polares, o maior complexo glacial é o da Patagônia Austral, no Chile e Argentina, com quase 13.000 km².
Veja o mapa das maiores geleiras do mundo
Como se mede uma geleira
Determinar o tamanho de uma geleira não é coisa fácil. As calotas polares, por exemplo, se movem em várias direções, o que faz com que mais as massas de gelo “se grudem” umas nas outras.
Em altitudes mais baixas, as pedras de gelo podem convergir, o que dificulta ainda mais a identificação sobre onde uma começa e outra termina. “As divisões podem ser difíceis de calcular”, disse o coautor do mapa, Bruce Raup, do NSIDC.
Ainda assim, o mapa identificou mais de 200 mil geleiras e complexos glaciais (massas que compartilham uma fronteira comum) ao redor do mundo. Esse levantamento é essencial, pontuou Ann Windnagel, que é a principal autora do estudo.
“Quanto maior a precisão dos contornos das geleiras, melhor poderemos rastrear seu derretimento devido às mudanças climáticas”, explicou.